[Atenção: esse texto contém informações sensíveis sobre violência sexual e que podem despertar gatilhos]
Após ter acusado DJ Marlboro de estupro no Balanço Geral em 2021, MC Ellu entrou na Justiça em 13 de março com uma ação contra o músico. A funkeira pede que ele a indenize em R$ 2 milhões pelo episódio que aconteceu em 1998, quando ela tinha 17 anos e o conheceu nos bastidores de um show.
No depoimento entregue à Justiça, o advogado de MC Ellu relata detalhes do que aconteceu na noite em que sua cliente supostamente sofreu agressão sexual. No ano de 1998, a artista trabalhava como cover da Janet Jackson e conheceu do DJ Marlboro nos bastidores do seu show.
Segundo conta, MC Ellu aceitou uma carona do música para casa, mas acabou levada para o Motel San Diego, onde DJ Marlboro a estuprou. A funkeira ainda revelou que era virgem na época.
O processo explica que o episódio trouxe problemas para a requerente logo após a saída do Motel. Na chegada em casa, MC Ellu foi espancada pelo pai que também a obrigou a sair de casa. Ela, então, foi morar com os avós paternos em Belo Horizonte até 2001.
O documento ainda revela que supostamente DJ Marlboro procurou por Ellu quando ela voltou ao Rio de Janeiro. Na ocasião, o músico ainda tinha interesse de lançá-la ao mercado nacional, mas mudou de ideia ao afirmar que a moça não tinha talento.
MC Ellu justifica valor de indenização no processo
Vinte e três anos depois do ocorrido, MC Ellu deu entrevista à Record em que relatou a violência sofrida. Ainda no processo enviado a Justiça, o advogado da funkeira informou que ela fez um Boletim de Ocorrência contra DJ Marlboro logo após a divulgação da reportagem e chegou a ser contatada por outro advogado para processá-lo. No entanto, o profissional sumiu no decorrer dos meses.
A funkeira, então, pede na Justiça que o músico a indenize com o valor de R$ 2 milhões, além de ser responsável pelas custas financeiras do processo . Ela alega que, depois da violência, é acompanhada por diversos profissionais para lidar com o trauma do estupro, como psicólogo, psiquiatra e neurologista. Além de também ter que fazer uso de diversos medicamentos para tratar depressão e ansiedade.
*Texto de Daniele Amorim
Daniele Amorim é jornalista formada pela Anhembi-Morumbi com pós-graduação na USP. Apaixonada por música, séries, futebol, maquiagem e falar amenidades no Twitter. Siga: @eudaniamorim