Key Alves, Cristian Vanelli e Gustavo Benedetti podem se dar muito mal após saírem do BBB 23. Acusados pelo público de praticarem intolerância religiosa, os participantes do reality show foram denunciados pela equipe jurídica de Fred Nicácio à Globo
, e o caso pode ganhar os tribunais ao final da realização desta temporada.
Os comentários preconceituosos feitos pelos três participantes a respeito do Ifá, religião de origem nigeriana professada pelo médico que integra o Camarote do BBB 23, foram interpretados como um ato de intolerância religiosa, que é considerado crime e pode levar os réus para o cárcere.
A coluna procurou a advogada Halyne Marques para entender as consequências das falas do casal Guskey e de Cristian contra a religião de Fred Nicácio, e ela explicou que, em caso de condenação, eles podem pegar até 5 anos de prisão.
"No início deste ano, a sanção presidencial da Lei 14.532/23 equiparou a injúria racial ao crime de racismo e protege a liberdade religiosa. Agora, o crime pod render de 2 a 5 anos de prisão", explicou a advogada.
"Essa nova lei equipara o crime de intolerância religiosa ao de racismo, algo que foi extremamente necessário, tendo em vista o aumento de crimes de intolerância no Brasil", acrescentou.
Mas para chegarem a ser presos, o caminho é muito longo. O caso primeiramente precisa ser denunciado ao Ministério Público, que irá investigar o fato para, em seguida, encaminhar o caso à Justiça. No caso de um julgamento com condenação, aí sim os três seriam encaminhados para o sistema prisional.
Como se trata de um crime "brando", se assim podemos dizer, existem ainda diversas atenuantes que podem livrar o trio da cadeia. Se forem réus primários, por exemplo, a condenação poderá ser substituída por prestação de serviços sociais e a pena será cumprida em liberdade.
A equipe jurídica de Fred Nicácio está averiguando toda a situação para tomar as devidas providências. Até o momento, a única ação tomada foi o acionamento da direção da Globo, que decidiu se manifestar publicamente por meio de Tadeu Schmidt contra a prática de intolerância religiosa. Os próximos passos só serão tomados quando o médico deixar o confinamento.