A musa do Boi Garantido Tamires Assis conquistou uma medida protetiva contra o campeão do "Big Brother Brasil 24", Davi Brito, com quem teve um breve affair. A jovem alega que se sentia ameaçada durante o período em que namoravam. Entretanto, o ex-motorista de aplicativo tentou limpar sua barra perante a Justiça, mas acabou não saindo da maneira como ele imaginava.
Segundo o jornalista Gabriel Perline, o ex-BBB afirmou à Justiça que seu status de influenciador digital seria argumento o suficiente para derrubar a decisão do tribunal e revogar as ordens restritivas. Entretanto, o que Davi recebeu foi um esculacho do juiz responsável, que negou os pedidos.
Com medo de ser preso, o baiano decidiu optou por entrar com um habeas corpus, antes mesmo que uma sentença de prisão fosse decretada.
Entenda o caso
Tamires abriu um processo contra Davi Brito após o fim do relacionamento. Dentre os diversos motivos que levaram a ação, um dos que destacam foram as acusações de ameaças com arma de fogo.
A modelo ainda o acusa de traição e de incentivar a cultura do cancelamento e linchamento virtual. Ela afirma que o jovem possuia um comportamento controlador e abusivo, "causando grandes abalos psicológicos".
Segundo as informações de Gabriel Perline, que teve acesso ao processo, em agosto a defesa de Davi enviou ao juiz um pedido de revogação da medida protetiva. No documento analisado pelo Ministério Público, a defesa afirma que a decisão é desnecessária, uma vez que o ex-BBB não tinha intenção de voltar a se relacionar com Tamires.
A equipe jurídica ainda afirma: "A revogação ora requerida possui, como único intuito, salvaguardar a imagem de Davi e extirpar do seio social qualquer estereótipo de agressor, conduta essa nunca tomada pelo Requerente, como será demonstrado ao longo da presente peça (...) Outrossim, a manutenção das cautelares de urgência aplicadas revela-se uma medida desnecessária e desarrazoável no contexto atual".
O MP, por sua vez, ignorou o pedido e confirmou os documentos que comprovam que Tamires foi ameaçada pelo ex-namorado.
Danos à imagem
A defesa de Davi então disse que, como ele é uma figura conhecida nacionalmente, a medida protetiva danificava sua imagem e se tratava de uma forma de vingança pessoal de Tamires.
"Davi Brito é um homem negro, figura pública, influenciador digital, cuja subsistência e sucesso profissional estão diretamente ligados ao apreço e reconhecimento do público em geral; logo, a desnecessária aplicação das medidas protetivas impostas, inadequadas para os fins que se propõem, casuisticamente, deprecia a sua imagem, estigmatizando-o como um indivíduo".
Porém, a argumentação não foi bem recebida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, que no dia 2 de outubro manteve a medida protetiva e afirmou que o fato de Davi ser um influenciador digital não lhe garantia quaisquer privilégios.
"A alegação do requerido de que as medidas protetivas prejudicam sua imagem e carreira como influenciador digital não se sobrepõe à necessidade de garantir a integridade física e psicológica da requerente, direito fundamental garantido pela Constituição Federal em seu art. 5º, caput", afirma o juiz.
Medo de ser preso
Essa foi a primeira derrota de Davi nos tribunais contra Tamires. A defesa do influenciador, com medo de ser preso por conta da aplicação da Lei Maria da Penha, solicitou no dia 6 de outubro um habeas corpus preventivo para uma eventual prisão, mesmo sem nenhuma ordem de prisão ter sido decretada até o momento.
Na argumentação, o advogado do ex-BBB afirma que Tamires Assis entrou com o pedido de aplicação das medidas protetivas após ser acionada judicialmente por ele, o que configuraria um "ato ilegal e abusivo". Davi pediu que a ex-namorada removesse os conteúdos negativos sobre ele das redes sociais.
"Justamente pela sequência cronológica dos fatos que demonstram que Tamires nunca sentiu-se ameaçada por Davi que, frisa-se, nunca apresentou qualquer tipo de arma, bem como nunca ameaçou Tamires, sob qualquer forma", apontou.