Foganli compartilhou nas redes sociais que conseguiu reativar o AirTag que tinha colocado nas doações de água
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Foganli compartilhou nas redes sociais que conseguiu reativar o AirTag que tinha colocado nas doações de água

influenciador digital Gustavo Foganoli  acusou nesta terça-feira (10) os  Correios de não entregar uma doação de água feita há quatro meses ao Rio Grande do Sul .

Segundo a publicação feita pelo influencer nos Stories do Instagram, no momento da doação, ele teria colocado uma AirTag — um rastreador da marca Apple — nos pacotes, para saber para onde iriam às doações. 

Foganolli inicia: "Pessoal, vocês lembram da AirTag que parou de funcionar há quatro meses, das três toneladas de água? Ela voltou a funcionar hoje! Oloco, que coincidência, e está no mesmo lugar. Não saiu de São Paulo também as águas".

Nas publicações seguintes, ele mostra que o pacote segue em Guarulhos e afirma que "na época, ainda teve geste justificando: 'Eles levam para esses galpões e fazem a logística pra enviar as águas mais rápido através de aviões'".

Em outro vídeo, publicado há quatro dias no TikTok, ele questiona os Correios de que algumas doações de roupas foram parar m um bazar, em Sorocaba. Veja o vídeo:

@foganoli

alo Correios porque as doações nao chegaram no RS???

♬ original sound - Foganoli


iG Gente entrou em contato com os Correios e o esclarecimento segue abaixo:

Os Correios vêm a público responder as dúvidas a respeito da entrega de donativos destinados para o Rio Grande do Sul. A empresa esclarece que não existe desvio nem comercialização das doações.

Desde o início da campanha de arrecadação, em maio, a empresa tem usado suas unidades operacionais em todo o Brasil para estocar os donativos. A maior parte das doações foi armazenada em centros operacionais dos Correios no Estado de São Paulo, já que as unidades do Rio Grande do Sul estavam alagadas e não havia espaço no estado para esse armazenamento. Os donativos eram transportados para o Rio Grande do Sul mediante necessidade local e conforme os espaços iam sendo liberados. A fim de aumentar a capacidade de distribuição de donativos no estado gaúcho, os Correios buscaram e fecharam acordos de comodato para poder usar galpões da iniciativa privada para armazenar donativos no Rio Grande do Sul – nesses locais, inclusive, ainda há grande quantidade de doações armazenadas.

No início de julho, os Correios já tinham entregado mais de 8 mil toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul, momento em que houve o esgotamento da capacidade de armazenamento naquele estado e sinalização, por parte das autoridades, de que não havia mais necessidade de envio de alguns tipos de itens que já estavam estocados. Foi o caso, por exemplo, da água mineral – assim que as redes de abastecimento de água locais foram restabelecidas, a necessidade desse tipo de donativo reduziu gradativamente até se extinguir.

Nesses casos, por decisão dos órgãos estaduais e nacionais envolvidos na campanha, os Correios puderam destinar os itens para instituições de caridade, ONGs e/ou órgãos municipais e estaduais, mediante solicitação formal e autorização das autoridades responsáveis pela distribuição dos donativos no Rio Grande do Sul. Do início de julho até o presente momento, foram registrados e autorizados cerca de 200 processos, que já resultaram na destinação de 15 mil toneladas de donativos para instituições aprovadas.

É importante destacar que as doações sempre são entregues para pessoas que precisam dos itens.

Foi o que aconteceu no caso específico da doação de água e absorventes quem vem sendo levantado nas redes sociais. Como a necessidade de água no estado gaúcho acabou e devido à falta de local para armazenamento desse item no RS, os Correios seguem mantendo parte dos donativos em perfeitas condições de segurança e armazenagem em uma unidade de Guarulhos, no Estado de São Paulo, até que exista autorização para destinação dos itens para populações que precisem.

No caso dos absorventes, os Correios destinaram os itens citados para organizações sem fins lucrativos, entre elas a Associação Amigos dos Deficientes de Sorocaba, Estado de São Paulo, mediante solicitação formal da entidade e autorização dos órgãos responsáveis pela distribuição dos donativos no Rio Grande do Sul, que sinalizaram já possuir quantidade suficiente desse item e a falta de espaço para armazenamento.

A associação, fundada em 2010, é uma entidade de caráter assistencial sem fins lucrativos quem mantém um Centro de Excelência em Autismo que atende crianças, jovens e adultos com idade entre 3 a 51 anos das cidades paulistas de Sorocaba, Votorantim, Araçoiaba da Serra, Porto Feliz e Salto de Pirapora, disponibilizando de forma gratuita atendimento terapêutico multidisciplinar a crianças e adolescentes com Transtorno Espectro Autista. A fim de manter as atividades de forma gratuita, a entidade mantém, entre outras atividades de captação de donativos, um bazar, para onde destinou os absorventes recebidos.
Graças à solidariedade da população brasileira, fizemos juntos a maior campanha de solidariedade da história do Brasil, levando milhares de toneladas no período mais crítico e de maior necessidade.

Das mais de 30 mil toneladas de doações recebidas nas agências dos Correios, 24 mil toneladas foram entregues no Rio Grande do Sul e para entidades que foram autorizadas a receber donativos. Outras 10 mil toneladas seguem armazenadas em unidades dos Correios, para entrega imediata conforme necessidade da população gaúcha e solicitação das autoridades locais.

Convidamos as pessoas que realizaram tais doações e que divulgaram vídeos externando suas dúvidas sobre sua destinação para visitarem a unidade de Guarulhos, a associação beneficente de Sorocaba e os galpões de donativos geridos pela estatal no Rio Grande do Sul, para verificarem a seriedade do trabalho desenvolvido.

Os Correios são uma empresa pública, engajada na prestação de serviços que ajudem a população brasileira, e isso não foi diferente no caso da catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul.

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