Os problemas de Deolane Bezerra com a justiça parecem estar longe de acabar. Neste sábado (7), foi divulgado que a ex-peoa de "A Fazenda" teria tentado comprar uma bolsa de luxo de um esquema promovido pela facção criminosa PCC. A polícia estaria investigando a ligação da influenciadora com a organização.
O que aconteceu?
De acordo com a Revista Piauí, Deolane Bezerra trocou mensagens suspeitas com Francisca Alves da Silva, conhecida como "Pretinha", cunhada de Marcos Willians Herbas Camacho, o "Marcola" , apontado como um dos chefes da facção criminosa.
No dia 3 de setembro de 2022, Pretinha confidenciou à filha, Bárbara Alves Mota, que tentou vender uma bolsa de grife (marca não especificada) para Deolane Bezerra, no valor de R$ 26 mil.
A influenciadora teria tentado negociar o preço. "A Deolane achou caro [R$ 26 mil]. Mas só de mal também, não vou passar para ela, não", reclamou Pretinha, dizendo que ficaria com o artigo de luxo.
"Por enquanto, né? Quando nós vender [sic] para ganhar uns 15 mil em cima, nós vende [sic]", disse a filha Bárbara.
Esquema de roubo de bolsas
A Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal, em investigação simultânea focada na família de Marcola, descobriram que Bárbara e Irene Mendes da Silva, uma mulher próxima à família, mantinham uma rede de revenda de bolsas de luxo roubadas.
A origem dos artigos de luxo é atribuída a quadrilhas especializadas que atuam em bairros nobres da capital paulista. A organização criminosa também estaria envolvida em furtos de celebridades.
Em abril de 2023, o humorista Wellington Muniz, conhecido como Ceará, e a influenciadora Mirella Santos tiveram a casa invadida por criminosos. Na ocasião, foram levados joias, relógios e bolsas de marcas como Chanel, Miu Miu, Saint Laurent e Louis Vuitton. Dias depois, os itens foram anunciados nas redes sociais.
De acordo com a investigação, Bárbara teria publicado fotos das bolsas no Instagram. Embora a sobrinha de Marcola não mostrasse o rosto, a polícia comparou as imagens e a identificou por detalhes físicos, como tatuagens. O mesmo processo foi utilizado para investigar e descobrir a participação de Irene. Os itens de luxo foram recuperados.
Em junho de 2023, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em um estabelecimento de Pretinha e Bárbara, no apartamento de Irene e em outro endereço ligado ao esquema. Foram encontradas 47 bolsas, sendo 35 delas originais, das marcas Gucci, Fendi, Prada, Valentino, Versace, Louis Vuitton e Dolce&Gabbana.
Movimentação suspeita
A reportagem da Revista Piauí também aponta que a Polícia Federal encontrou transações bancárias de baixo valor entre Deolane e Pretinha, totalizando R$ 11,7 mil.
Apesar de o valor ser considerado baixo, as transações foram classificadas como suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).