Leandro de Souza , de 35 anos, conhecido como o "homem mais tatuado do Brasil", está passando por uma transformação radical. Após duas décadas em que cobriu 95% de seu corpo com tatuagens, Leandro decidiu iniciar o processo de remoção de todos os seus desenhos como um gesto de arrependimento e renovação espiritual. A decisão vem após um período significativo de mudanças pessoais, incluindo sua conversão ao evangelicalismo e abandono das drogas.
Leandro, que fez sua primeira tatuagem aos 13 anos inspirado por bandas de rock, passou a usar substâncias como LSD, ecstasy e álcool ao longo dos anos. No entanto, há cerca de dois anos, ele se tornou evangélico e começou a repensar sua vida, o que o levou a buscar uma transformação completa, inclusive no aspecto físico.
Em declarações ao GLOBO, Leandro revelou seu descontentamento com as tatuagens que, para ele, simbolizavam um "mundo de excessos" e um sentimento de estar "aprisionado" a um passado que não mais refletia sua identidade atual.
"Eu não me sentia bem, não combinava mais comigo. Era um mundo de excessos, que não fazia mais bem a mim. Chegou uma época em que eu me sentia uma atração de circo", disse Leandro.
Remoção
Recentemente, Leandro viralizou nas redes sociais ao compartilhar seu processo de remoção das mais de 170 tatuagens que possui. Ele detalhou a dor e o desconforto envolvidos no tratamento a laser, embora reconheça que esse sofrimento é parte do custo das escolhas passadas.
A remoção de tatuagens a laser é um processo que envolve o uso de luz com comprimento de onda específico para quebrar a tinta em pequenas partículas, que são então eliminadas naturalmente pelo corpo. Segundo a Dra. Nicolly Machado, médica pós-graduada em dermatologia, o procedimento pode ser desconfortável e exige várias sessões para alcançar resultados satisfatórios.
"A remoção a laser pode causar desconforto, e o tratamento normalmente requer entre oito e dez sessões, com intervalos de um a dois meses. O custo e o número de sessões variam de acordo com a clínica e o tipo de laser utilizado. Apesar de ser um processo doloroso, a tecnologia atual permite que a pele fique limpa, sem marcas ou vestígios do desenho original", explica a Dra. Machado.