Rejeitada na Globo, Regina Duarte quer fazer novela bíblica na Record
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Rejeitada na Globo, Regina Duarte quer fazer novela bíblica na Record

Fora da Rede Globo desde 2020, quando rescindiu seu contrato para assumir a Secretaria Especial da Cultura no governo Bolsonaro, Regina Duarte revela desejo de voltar à TV. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a antiga namoradinha do Brasil diz que toparia fazer uma novela bíblica na Record no futuro.

"Eu gostaria muito de fazer uma novela evangélica na Record, eu gosto daquelas histórias, sou fascinada por aquilo, e eu sinto que não sou só eu. Muita gente gosta", confessou ela. Seu último trabalho nas telinhas foi o folhetim das seis 'Tempo de Amar' (2017), na Globo.

Questionada se acredita que a emissora carioca estaria de portas fechadas caso ela ensaiasse um retorno às novelas, Regina Duarte diz que a Globo cedeu ao ativismo e, por isso, perdeu a unanimidade entre os telespectadores. 

"A TV Globo repercute uma parcela da sociedade que é 'gritalhona', que se expõe, que está sempre nas redes sociais, nas danças, na música. É uma nova geração que está aí e a TV Globo replica. E tem lá o seu público. Muita gente da minha época, da minha geração, reclama e não assiste mais. É o preço que se paga por não conseguir agradar a todos, como a Globo já agradou antigamente, era 100% de audiência".

Ignorada por grande parte dos artistas e alvo de críticas de muitos ex-colegas da TV, a atriz diz não guardar ressentimentos. "Se a classe não quer ficar comigo, é problema dela, tem todo o direito. Eu não estou sozinha, estou superbem acompanhada por pessoas que têm os mesmos valores que eu, família, religião, coisas que dão estrutura, que dão raiz à árvore que a gente é".

Regina também reclamou dos ataques por se manter fiel ao ex-presidente. "Muitas vezes, eu fui defenestrada por algumas pessoas porque elas não gostam do Bolsonaro. E eu não posso gostar? Elas querem me impedir de ser bolsonarista? É essa a ideia? Não é um tanto ditatorial? Essa é a pergunta que fica no ar".

Regina Duarte deixou a Secretária da Cultura em maio de 2020, pouco mais de dois meses após assumir a pasta. À época, foi transferida para o comando da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Perguntada se considera que pagou um preço alto ao deixar para trás uma carreira de sucesso para viver uma aventura em Brasília, ela respondeu:

"Não me senti nada traída, nada abandonada. É que as coisas lá em Brasília são muito complicadas. Isso tumultuou de um jeito que o sangue subiu à cabeça porque eu me senti extremamente traída. Traição para mim foi isso".

A veterana também abriu o jogo sobre manter contato com Bolsonaro. "Não tenho nenhuma proximidade mais com ele. Na época, nossas proximidades foram muito raras, mas, toda vez que ele me encontrava, ele olhava para mim e falava 'Menina, o que que você ainda está fazendo aqui ainda?', 'Isso aqui não é para você'. Eu ria e falava: 'Presidente, o senhor não me chamou aqui?', 'Eu sou patriota, presidente, estou tentando cumprir a minha missão'. Ele ria e falava: 'Vai para casa, mulher, vai lá com seus netos'.

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