Carolinie Figueiredo criticou uma postagem das redes sociais que elogiava Neymar por ser um "paizão" com os filhos, Davi Lucca e Mavie. A atriz reprovou como o jogador de futebol é exaltado por "faz o mínimo", lamentando como as mães são cobradas e culpadas em comparação.
Figueiredo leu um comentário que admirava como Neymar "pegou um avião" após o nascimento da filha mais nova, fruto da relação com Bruna Biancardi. "Olha como ele é um paizão, gente", ironizou, antes de refletir sobre a diferença de tratamento entre homens e mulheres após o nascimento de um bebê.
"Enquanto a mulher é cobrada e culpada por tanta responsabilidade em cima da gestação e da criação desse bebê, ao pai é cobrado o mínimo e, quando ele faz o mínimo e o óbvio, ele ainda ganha aplausos e medalhas", afirmou.
Carolinie contou que, assim como o atleta, também foi "mãe desde cedo", aos 21 anos. No entanto, recebeu uma "carga de culpabilização e julgamento por não ser uma mãe perfeita". A atriz relembrou já ter escutado comentários que contribuem para os homens receberem o rótulo de "paizões", como "pelo menos ele troca a fralda", "olha, ele até bota [o bebê] para arrotar, nunca vi isso" e "mas ele busca os filhos na escola".
O que me afetou profundamente no elogio foi [a frase]: 'Você pode não gostar do Neymar, mas como pai ele é excelente'. Quero fazer uma pergunta, como a gente pode considerar um homem um paizão, mesmo fazendo o óbvio, se ele causou algum tipo de constrangimento, traição ou violência à mãe dessa criança?", completou.
Neymar assumiu o relacionamento com Bruna Biancardi em 2022 e terminou com a influenciadora após um caso de traição no mesmo ano. Os dois reataram o relacionamento e Bruna anunciou a gravidez em 2023. Pouco depois do anúncio, o atleta traiu a companheira grávida e assumiu a infidelidade nas redes sociais. Ele segue se envolvendo em polêmicas de traições desde então.
"Precisamos entender que quando reproduzimos 'ele não é um bom marido, foi um péssimo companheiro, mas é um bom pai', não existe essa separação e é sempre importante lembrar: pai não ajuda, pai cria junto. Parece uma diferença sutil, mas não é. Esse conceito de 'vamos ajudar a mãe' é mais um desses machismos velados, que a gente não enxerga", complementou Figueiredo.
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