Marcelo Russo, o delegado do caso Mingau, disse ter “fechado o quebra-cabeça” sobre o tiroteio. O baixista da banda Ultraje a Rigor teve o carro baleado enquanto dirigia no bairro Ilha das Cobras, em Paraty, Rio de Janeiro. Após ter levado um tiro na cabeça, o artista segue internado em estado grave.
O delegado contou em entrevista para o programa Brasil Urgente (Band) que a investigação foi realizada integrada à polícia militar. "Começamos a fazer as diligências, recolher imagens de câmeras, depoimentos testemunhais, informações com colaboradores, então nós chegamos a um autor do crime, que foi preso em flagrante também, com farta quantidade de drogas, arma de fogo, também munição", contou.
Ainda de acordo com Russo, a arma compatível é uma Glock, que foi apreendida. "É compatível com o calibre de um projétil e 3 estojos que nós encontramos no local da tentativa de homicídio do integrante da banda Ultraje a Rigor. Então, também conseguimos, através dessa prisão e de outras informações, fechar o quebra-cabeça na autoria com mais 3 elementos já identificados e qualificados."
Além da prisão de um dos suspeitos, a polícia também apreendeu armas e drogas. "Hoje, nós diligenciamos para efetuar a prisão/captura dos restantes dessa associação criminosa e conseguimos também apreender 3 armas, muita droga, ou seja, elas foram frutíferas no sentido da apreensão de material ilícito, porém, nós ainda estamos nas buscas para efetuar a prisão dos outros 3 elementos."
O delegado informou que o local onde aconteceu o tiroteio é conhecido pelo tráfico de drogas. "Os integrantes dessa facção praticam o tráfico de forma armada e, nesse caso, o veículo da vítima entrou em um local, precisamente na Praça do Ovo, onde nós temos uma boca de fumo, um local conhecido como ponto de compra e venda de drogas ilícitas. É uma área perigosa, que deve ser evitada. O tráfico de drogas não é um crime só contra a saúde pública, ele é um crime que ofende também o bem jurídico, o patrimônio, a vida das pessoas, é um crime grave que tem que ser combatido."
Russo acredita que o carro tenha chamado a atenção dos criminosos ao passar por um “quebra molas”. "Ao passar no quebra-molas, segundo informações, tenha talvez dado, chamado a atenção de forma que assustou os criminosos e eles efetuaram esse disparo contra o veículo", explicou.