Zé Celso Martinez morreu aos 86 anos, na última quinta-feira (6), após sofrer queimaduras em um incêndio no apartamento em que morava em São Paulo. Marcelo Drummond, viúvo do dramaturgo, estava presente quando as chamas dominaram o espaço e relembrou os últimos momentos com o marido no local.
"É uma dor imensa, inexplicável. A última imagem [que tive] dele [foi ele] pegando fogo. Eu apagando com a mão", afirmou ao "Fantástico", neste domingo (9). Marcelo ainda disse que acordou com uma "explosão" do incêndio e explicou qual reação teve na ocasião.
"[Ouvi] um barulho enorme. Aí saí correndo do quarto, vi que estava enfumaçado. Fui à cozinha para ver, falei: ‘Alguém esqueceu uma panela acesa, que está fazendo isso?’. Vi que não era. Saí da cozinha e olhei dentro daquela coisa preta, aquela fumaça preta", disse. As autoridades apontam como causa provável do incêndio um aquecedor de ar do apartamento.
O viúvo do dramaturgo ainda falou do momento em que Zé foi retirado do apartamento: "A Lurdinha, que trabalha lá em casa, me puxou para fora, eu sentei na escada. Tiraram o Zé, puxaram pro corredor, não sei quem. Eu deitei do lado dele, segurei nas duas mãos dele, e falei: 'Estou aqui para você'".
"O Zé transbordava amor. Eu conheço o amor do Zé. Isso é o que mais me orgulho", complementou. Drummond também expôs como foram as últimas horas com o marido, durante o velório no Teatro Oficina , fundado por Zé Celso: "Dei um beijo, peguei na mão, pedi que trouxessem o Nagô [cachorro do casal], porque ele adorava o Zé".
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