As batidas do novo EP de Gabily são inspiradas no funk melody dos anos 2000. Mas as letras trazem temas mais picantes que as da época. “Scratch”, por exemplo, o single mais recente da artista de 26 anos, faz analogias que comparam os movimentos do DJ às formas para elevar o prazer feminino.
— É comum ver homens falando do prazer deles, mas quando é a mulher, ela é julgada, vista como alguém de menor valor. Além disso, é comum ver fazendo sucesso por aqui músicas de gringos cantando sobre todos esses mesmos temas. Mas quando são funkeiros cantando, choca. Eu sou a favor de falar da liberdade sexual feminina.
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Por isso, nesse campo, não há tabu para a artista que assumiu, e coloca na introdução de suas músicas, o apelido de “Bad girl”. A expressão, que significa “garota má”, em inglês, é utilizada para aquelas que contrariam as convenções.
— Peguei o termo para transformá-lo em algo bom. As mulheres que mudaram o mundo sempre foram massacradas.
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O que não significa que a fluminense, de São João de Meriti, Região metropolitana do Rio, seja do tipo que leve ao máximo, até para a vida, a alcunha.
— Na boca de muita gente, eu sou a “bad girl” em tudo, no termo negativo. Mas sempre que acontece alguma polêmica na minha vida, eu fico calada. Não retruco. Deixo o tempo agir, fico focada no meu trabalho. Tem também quem acaba criando uma imagem de mim e quando me conhece percebe que posso ser uma bad ou uma boa garota.
Em uma polêmica recente, Gabily viu um vídeo seu fora de contexto sendo usado como se mandasse indireta para Anitta. A Poderosa deu um unfollow. As duas se resolveram. Na mesma linha, talvez o maior bafafá que a cantora tenha se envolvido, é se viveu ou não um affair com Neymar durante a pandemia. Na época, os dois também deixaram de se seguir na web.
— Sempre que vou a Paris nós nos falamos. A gente já ficou no passado, mas não quando veicularam. Neymar já estava com outra. O “unfollow” foi a forma que encontramos de pararem de falar da gente. O meu rosto estava na TV, nossas famílias sendo envolvidas, e não era por um bom motivo. Por isso, não falei nada. Se eu falasse qualquer coisa poderia parecer que estava mentindo. Meses depois nos reencontramos e ficou tudo certo. Boatos assim só prejudicam a nós, artistas.
Ela também já teve que lidar com críticas sobre o tom de voz. Mas isso aprendeu a controlar fazendo sessões com fonoaudiólogos. É que Gabily é surda de um ouvido.
— Escuto menos de 10% no ouvido direito. Nasci com problema auditivo e como não tínhamos dinheiro para tratar, fui perdendo a audição com os anos. Quando comecei a cantar, gritava muito, mas é porque eu não me ouvia. Hoje, já controlei. Às vezes, vejo fãs também reclamando que me chamaram e eu fiquei com “cara de paisagem”. Vivo reforçando que não estou maluca. Só não ouvi mesmo. E confesso que odeio usar o aparelho auditivo hoje em dia.
Quer outro exemplo de que Gabily é bem mais tranquila do que parece? No EP, há músicas sobre sonho erótico e se satisfazer à distância da pessoa amada. Mas pela vida sentimental dela, dá para ver que não é algo autobiográfico agora.
— Sempre abordei esses assuntos, não necessariamente por estar vivendo (risos). Estou solteira, já tem um tempo. Estava enrolada com um bofezinho, mas terminamos. Sou muito fiel a ficante, sou chata com relação sexual, não troco energia com qualquer pessoa. E me dou bem com todos os ex. E olha que foram poucos.
E esse último relacionamentonem tem a ver com o rapper Pk Delas, affair que virou notícia no início do ano.
— Nós ficamos um bom tempo juntos, mas para o bem dos nossos trabalhos, nos afastamos. A gente viaja muito. Além disso, ele tem que sustentar um personagem, que acabava causando um conflito. Mas somos amigos. E não é nada que uma recaída no futuro não possa acontecer... — despista a cantora sobre o estilo do rapper de viver cercado de mulheres.
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