Detentora da 4ª colocação no recorde de rejeição do 'Big Brother Brasil', Patricia Leitte, ex-participante do BBB18 foi a convidada da live semanal do iG Gente. Com lugar de fala quando o assunto é cancelamento, Patricia discutiu a eliminação de Jade Picon, o pós-BBB marcado por dramas familiares e a relação com os participantes de sua edição.
Na noite de ontem (8), o Brasil decidiu quem seria o participante do BBB22 eliminado. Com 84,93% dos votos, a influenciadora Jade Picon foi a escolhida para deixar a casa mais vigiada. Com a trajetória marcada por uma rivalidade contra Arthur Aguiar, a jovem de 20 anos acaba por sair 'cancelada' pelo público.
Para Patrícia, o erro de estratégia de Jade foi evidente, já que, a perseguição contra algum participante, faz com que você assuma uma postura de vilão. Além disso, aponta o excesso de confiança da influenciadora que contribuiu para sua saída do pragrama.
"Isso é muito ruim porque acaba que você cria uma venda ilusória de que 'eu posso', 'eu consigo'. A pessoa que fala uma frase que 'não dá segunda chance para ninguém' é uma pessoa que precisa evoluir muito, porque todos nós precisamos de uma segunda chance”, avalia a ex-participante.
Ainda sobre Jade, Patricia analisa o trabalho dos Adms nas redes sociais da influenciadora. No decorrer do programa, a equipe de Picon protagonizou momentos problemáticos, como por exemplo, debochar de um dos patrocinadores do BBB e utilizar como piada um nome pejorativo dado à participante .
Na ocasião, um internauta questionou a marca do batom usado por Jade em uma foto publicada. Como resposta, a equipe respondeu: "aquela marca lá", se referindo à Avon. Além disso, neste paredão que culminou na saída da influenciadora, a equipe ignorou o pedido da sister de puxar o #ForaArthur, seu maior rival, em contrapartida, pediu votos para eliminar Jessilane."
Para Patrícia, a equipe de Jade se mostrou totalmente inexperiente e despreparada. "Se o adm não compra a verdade do participante, quem vai comprar?”, questiona a incoerência da equipe.
Sobre a adoção do apelido 'Piton', nome de uma espécie de cobra usada para simbolizar falsidade, Patricia reitera: "Eu acredito na melhor das intenções, transformar aquela situação em algo engraçado, leve, mas que dentro do BBB não existe".
Em seguida, propõe: "se eu fosse ela entraria com uma ação contra essa esse pessoal. Não sei se ganha, mas eu entraria, porque eles contribuíram, sim, para o hate de cima dela. Eles mesmo vestiram a carapuça. Nossa, ela é cobra assim, olha píton, entendeu?".
Com um enredo de vilão versos herói, Jade Picon sai dessa experiência marcada como a perseguidora de Arthur Aguiar, personagem que caiu nas graças do público.
Como experiência própria, Patrícia usa de exemplo a edição que participou, na qual foi muito 'cancelada' já que participava de um grupo que constantemente 'perseguia' e votava em Gleici, a então campeã da edição.
"Para gente, [Gleici] era a maior planta da casa, porque não interagia, não comunicava. Aí quando estava emparedada, ia brincar, pular na piscina, acordava de manhã, ia para o sol. Quando não, estava dormindo o dia inteiro. Era só atrás de Ana Clara 24 horas", continua.
"O público acompanhava 24 horas ela [Gleici] fazendo outras coisas. A gente não via, mas trata-se de uma visão unilateral. O nosso grupo não enxergava isso. A gente via uma pessoa completamente apática que não participava de nada".
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Assim como Jade, Patrícia foi eliminada com alto índice de rejeição marcando 94,26%. No entanto, a ex-BBB revela quão difícil foram os dramas sofridos pós-reality, como cogitar acabar com a própria vida e ser proibida de frequentar a escola do filho.
"As pessoas não levam com leveza. As pessoas ameaçaram o meu filho quando eu estava lá dentro, ofereceram bala na minha cabeça, me compararam com a Suzane von Richthofen, que matou o pai e a mãe a pauladas, então assim, não existe leveza."
"Eu me senti muito mal, não é, quem gosta de ser atacado? ver a sua família, perder a privacidade, ver repórter na sua porta", continua, "eu abri a verdade do que aconteceu depois, que eu cheguei até pensar em suicídio. Então, foi algo que as pessoas se chocaram muito", revela.
"Eu fui proibida de ir no colégio do meu filho. Não podia ir, porque se eu fosse o meu filho recebia ataques. E aquilo me matava porque eu sempre fui uma mãe que criei meu filho praticamente [sozinha], era separada do pai dele, então criava sozinha e eu era muito presente", desabafa.
"Minha mãe desenvolveu depressão. Minha irmã tem crises de ansiedade até hoje. Desenvolveu uma ansiedade por causa do programa. Então por isso que eu pensei em tirar a minha vida", confessa, mas na sequência assume que essa fase ficou para trás e que o motivo foi ter se apegado a Deus, a igreja e a família.
Sobre os amigos no Big Brother Brasil, Patrícia aponta que não é um jogo de amizades e expõe uma situação que vivenciou. "Ninguém tem amigo no BBB, não, é só papo mesmo, quando chega aqui fora a maioria vai te mandando se lascar e se tu sair com rejeição, faz igual como fizeram comigo. Esconde o telefone pra não fazer uma selfie pra não se queimar", entrega.
Questionada por um internauta sobre quem seriam os participantes do BBB18 que ainda mantem contato, Patrícia responde: "É mais fácil falar os que eu não falo", brinca, respondendo: "Gleici, Paula, que me bloqueou das redes dela, Breno e Jéssica", finaliza.
Assista a live completa: