Bianca Dominguez quebra o silêncio sobre o caso de MC Kevin
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Bianca Dominguez quebra o silêncio sobre o caso de MC Kevin


Bianca Dominguez, a modelo fitness que estava no quarto do cantor MC Kevin, quando ele caiu do 5º andar de um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em maio deste ano, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira, na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, ela afirmou que não mudou o seu depoimento e foi ao local apenas "para esclarecer alguns detalhes". De acordo com o portal G1, o advogado de Bianca, Danilo Garcia de Andrade, afirmou que pediu à modelo para que fizesse um exame toxicológico para avaliar uma possível adulteração na bebida alcoólica que consumiu no dia do acidente. O pedido de Danilo vem após a modelo afirmar que não se lembra de alguns momentos do dia da queda.

Ainda segundo o advogado, a Polícia Civil queria verificar se uma suposta testemunha indicada pela modelo, o DJ português de origem africana Fernando Jimmy Junior, teria sido uma "testemunha plantada", o que foi negado em depoimento. Segundo a declaração do advogado ao G1, o DJ Fernando Jimmy procurou a modelo dizendo que tinha presenciado o momento da queda de Kevin. A Bianca diz que não se lembra, e o advogado também não conseguiu confirmar a identidade da suposta testemunha.

"O promotor queria entender se havíamos plantado a testemunha, o Jimmy, como essa testemunha havia chegado até nós e a razão da demora para termos apresentado. A razão é que estávamos esperando que ele (Jimmy) nos entregasse seu passaporte, confirmando a estadia dele no Rio de Janeiro na data, mas ele nunca nos entregou. Ele mandava mensagem afirmando que estava preso em Dubai e isso foi confirmado pelas autoridades. Muitas das informações que o Jimmy trazia ajudaram a elucidar a memória da Bianca", afirmou o advogado ao G1.

Mudança de versão

Na primeira vez em que depôs na delegacia, um dia após a morte de MC Kevin, ela afirmou que teve relações com o cantor pouco antes da queda. Em agosto, ela mudou de versão e passou a dizer que Kevin teria discutido com Victor Elias Fontenelle, o MC VK, e que o mesmo não socorreu o funkeiro após um pedido de ajuda.

"Eu pedi à Bianca que fizesse um toxicológico do cabelo para ver se eventualmente, no champanhe que foi até o quarto, foi colocado algum outro dispositivo sintético, alguma droga, porque isso afetou a memória dela. Ela só lembra de ter tomado de forma consciente bebida alcoólica e fazer uso de maconha. Agora, se por acaso foi colocado outra substância na bebida dela, acho que muda até a natureza do fato do profissional que ela estava exercendo ali", disse Danilo Garcia.

A modelo foi ouvida pelo delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da delegacia, a pedido do promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, que determinou que fosse esclarecido a ela que, caso não comparecesse espontaneamente, poderia ser requerida sua condução coercitiva.

"Não mudou nada. Eu só vim esclarecer alguns detalhes. Eu sempre estive disposta para colaborar. Permaneci em silêncio até o momento em respeito à família, em respeito ao Kevin, e agora acho que tudo vai ser esclarecido", afirmou Bianca à TV Globo.

A segunda versão da modelo foi repassada a Polícia Civil e ao Ministério Público pelo advogado Danilo Garcia de Andrade, que representa a modelo. Em uma petição com sete páginas e 115 itens, ele apresentou detalhes que teriam sido lembrados por ela após as declarações dadas por ela na 16ª DP.

No documento, é narrada uma briga "acalorada" e "com gestos bruscos" entre MC Kevin e MC VK sobre a possibilidade de a mulher do funkeiro, a advogada Deolane Bezerra, hospedada na suíte 1305, estar chegando. Os dois estariam em pé, indo para a varanda, e o desentendimento teria motivado o funkeiro a passar as pernas pelo parapeito.

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