Boris Casoy durante entrevista ao
Reprodução/TV Globo
Boris Casoy durante entrevista ao "Conversa com Bial"

Boris Casoy foi o convidado do "Conversa com Bial" da madrugada desta terça-feira (20).  O antigo âncora do "Jornal Nacional" criticou o discurso antivacina e também falou sobre política. Durante a entrevista, Pedro Bial deu espaço para o jornalista se explicar sobre ter apoiado o golpe militar de 1964.

Casoy é filho de refugiados da antiga União Soviética e explicou que tinha medo do comunismo se instaurar no Brasil, por isso apoiou a ditadura. "Eu tinha 23 anos, estava começando a faculdade e tinha uma profunda convicção democrática. Tinha pânico do comunismo, já tinha acontecido em Cuba, tinha muita gente que queria aquilo, certamente iludida e imaginando que é igualdade e fraternidade. Comunismo é uma tremenda ilusão. Tinha pânico daquilo. O golpe de 64, na minha cabeça, era uma limpeza contra a corrupção e a favor da democracia, essas duas coisas devagarinho foram abandonadas", explica.

O antigo âncora da Globo fala que passou a se opor à ditadura quando viu que esses ideias supostamente defendidas pelos militares não estavam sendo postas em prática, além da censura e torturas que também ocorriam. " Você passa a não concordar com uma série de fatores que foram levados por esse golpe. Não era isso que a gente imaginava", diz.

Ele também contou uma estratégia que usava na época da ditadura para conseguir informações de ministros e pessoas dentro do governo. "O Paulo Maluf talvez tenha sido a minha maior imitação. Não é que eu enganei muita gente, mas tinha momentos quando eu era editor chefe e a gente não sabia que caminho a política estava tomando. Havia censores no regime militar e havia momentos de muita tensão. Usava dessa habilidade de imitar as pessoas e especialmente o Paulo Maluf para nos informar do que estava acontecendo", conta. Boris Casoy explica que se passava pelo político para conseguir informações que restritas.

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