O jornalista Boris Casoy, de 80 anos, culpou Jair Bolsonaro (sem partido) pela propagação do discurso antivacina na pandemia da Covid-19. Em uma entrevista ao "Conversa com Bial", ele - que tem se dedicado a seu canal no YouTube - chamou o movimento de "bobagem estimulada" e ainda relembrou a luta contra a poliomielite.
"Agora apareceu essa bobagem, essa besteira muito estimulada pelo presidente da República. Eu não perdoo Bolsonaro. Ele pode ter as virtudes que tiver, mas isso anula as virtudes", iniciou o jornalista.
Durante o papo, Boris também criticou a demora para a distribuição de vacinas no país e reforçou a importância dos imunizantes ao lembrar que enfrentou a poliomielite durante a infância. "Se houvesse vacina, eu e minha irmã gêmea não teríamos sido vítimas da poliomielite. Cada criança salva é um cidadão lá na frente", disse o apresentador. A poliomielite foi considerada erradicada graças a imunização da população.
À época, aos nove anos de idade, Boris e sua irmã realizaram tratamento contra a poliomielite nos Estados Unidos. "A gente remediou. Mas eu fiquei com os movimentos mais débeis. Foi uma operação que me salvou, mas nem todo mundo pôde ser operado", encerrou ele, relembrando que por sorte sua família possuía recursos para tratá-lo.