Com uma pandemia ainda fora de controle e o democrata Joe Biden à frente das pesquisas, o republicano Donald Trump precisava de uma demonstração de força. A oportunidade parecia ser um comício em Tulsa, no estado de Oklahoma — segundo a equipe do presidente americano, que busca a reeleição em novembro, 1 milhão de pessoas manifestou interesse. Só que não foi como o planejado.
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No último domingo, apenas 6.200 apoiadores do republicano apareceram no ginásio com capacidade para 19 mil pessoas. Inesperadas na arena política, as fotos do evento esvaziado não surpreenderam os fóruns de k-pop, música sul-coreana que ganhou o mundo com bandas como BTS e Blackpink.
Pode ter sido o medo da Covid-19, mas fãs do gênero alegam que o fracasso foi orquestrado por eles, majoritariamente contrários às ideias conservadoras de Trump. Milhares teriam reservado ingressos on-line — e, claro, não apareceram.
O interesse dos k-poppers na política americana não impressiona quem acompanha o fenômeno de perto.
"Os fãs de k-pop sempre participaram de várias causas sociais", conta a professora de coreano Tássia Monteiro de Lucena. "Eles sempre fizeram doações para causas como meio ambiente, contra a homofobia e o racismo.
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Ela mesma uma fã da banda Day6, Tássia conta que já ajudou a organizar, no Brasil, doações de cestas básicas para ONGs dos direitos dos animais. Praticadas há anos pelos fã-clubes ao redor do mundo, as boas ações ajudam a divulgar os nomes dos cantores favoritos, fazendo com que eles tenham um ganho em popularidade.