Em entrevista ao iG Gente, ex-participante do reality show falou sobre acusações, vida pós-programa e descaso da Globo em retornar seus contatos
Assim que Vanderson Brito, de 35 anos, foi anunciado um dos integrantes do “BBB 19”, denúncias de estupro e importunação sexual começaram a pipocar na web contra o brother. “A internet montou um tribunal e me condenou naquele momento”, comenta o acreano.
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Sobrevivente de um Paredão, ele entrou no “ BBB 19 ” com um causa, a indígena, e saiu de lá com uma missão: “provar minha inocência o mais breve possível”.
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Além da luta nos tribunais, Vanderson , que pretende utilizar sua visibilidade para enaltecer a preservação dos povos indígenas, lida com a mancha em seu nome. “Fica um estigma pesado, quem não me conhece lembra de mim como o cara que saiu do ‘BBB’ por causa das acusações”.
Brother exilado
Desclassificado após sobreviver a uma berlinda, o participante declara-se lesado: “Fiquei decepcionado. Imagina só: primeiro você têm oportunidade ao prêmio, em seguida, a chance de poder mostrar uma causa e, por fim, poder trabalhar com marcas aqui fora. Tudo isso foi tirado de mim imediatamente”.
Sobre como a Rede Globo lidou com sua saída da casa, ele levanta hipóteses. “Saindo eu imaginei uma coisa: eles esperaram para me tirar, pois eu estava no Paredão, se eu saísse pelo público seria melhor para eles. No entanto, eu permaneci”.
Sobre como a emissora o auxiliou com seu caso, o ex-BBB dispõe de boas palavras, mas ressalta que nota uma tentativa do programa tentar “apagá-lo” da edição e fingir que ele nunca existiu, negligenciando suas tentativas de contato.
“Quando eu saí, eles me deram todo apoio logístico. Depois disso, eu não consegui contato mais. Eu tenho contrato com eles até julho, mas não consigo obter respostas. Com toda essa situação (acusações), nós precisamos de espaço para nos defender, felizmente eu estou conseguindo isso através de outras mídias”.
As acusações
Ainda em janeiro, a acusação de estupro que orbitava a imagem do acreano foi arquivada. Sobre a estratégia de defesa para as demais investigações, ele declama.
“A primeira acusação foi arquivada por tempo, por falta de prova e pelo depoimento não ter relevância nenhuma. Os outros dois casos, também têm depoimentos confusos. Tenho uma testemunha e estou trabalhando com advogados para para provar minha inocência. A verdade é uma só, e ela sempre aparece”.
Questionado sobre a atitude das mulheres que esperaram ele entrar no reality show para vir à tona, o acadêmico coloca egoísmo e feminismo em uma equação de confronto.
“É no mínimo intrigante, eu achei de um oportunismo e de uma crueldade absurda. No dia que eu saí, todas sumiram das redes sociais. Os telefones não atendem mais. O principal objetivo foi alcançado: me tirar do jogo”, disse.
“Foi uma jogada muito suja e cruel. Usaram de uma causa importante e poderosa, que é o feminismo, para causas pessoais”, completa o ex-participante do “Big Brother”.
O “BBB 19” a todo vapor
Fora da casa mais vigiada do Brasil, o biólogo retomou suas atividades socioeducacionais no Acre. Enquanto “limpa” sua imagem, ele busca maneiras e parcerias para fortalecer a preservação da história dos índios: “Por mais que eu tenha ficado pouco tempo, agora as pessoas sabem que aqui no Acre têm 16 povos indígenas”.
Apesar da repercussão negativa, ele não nega que têm acompanhado o reality show: “Tenho feito lives com o pessoal do Instagram, apesar do ciuminho de não estar lá”. Questionado sobre um favorito para a vitória, ele cita três nomes, mas ressalta um: “Rízia sempre, ela uma ótima representação da mulher. Elana e Darnley são outros que podem ir em frente”.
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No fim de cada edição, tradicionalmente, todos os participantes retornam para conferir quem conquistará o prêmio milionário. Sobre sua presença na final do “ BBB 19 ”, ele se mostra inquieto: “Não faço a menor ideia, está tudo muito vago”.