O âncora da BBC News Huw Edwards admitiu nesta quarta-feira (31) sua culpa por produzir "imagens indecentes de crianças", um ano após o escândalo que levou à sua saída da emissora britânica. O ex-apresentador, de 62 anos, reconheceu a culpa durante uma sessão preliminar no Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres.
Edwards, que noticiou eventos cruciais no Reino Unido desde o início dos anos 2000, incluindo a morte da rainha Elizabeth II, enfrenta agora uma possível sentença de até dez anos de prisão. O caso, que não exigirá um julgamento devido à admissão de culpa, envolve 41 imagens, algumas de crianças entre 7 e 9 anos, compartilhadas no WhatsApp entre dezembro de 2020 e agosto de 2021.
Durante a audiência, a Promotoria sugeriu que uma suspensão condicional da pena, juntamente com tratamento psicológico obrigatório, poderia ser apropriada, citando os problemas de saúde mental de Edwards e seus "arrependimentos sinceros".
A emissora pública, que demitiu Edwards em abril deste ano, também enfrenta críticas por suas falhas em lidar com reclamações sobre o comportamento dos funcionários. A decisão de demitir Edwards foi, segundo a BBC, baseada em conselhos médicos recebidos pelo jornalista.
Este caso é mais um em uma série de escândalos sexuais envolvendo a BBC, que já enfrentou controvérsias graves no passado, como o caso de Jimmy Savile, acusado de estupro e agressão sexual de menores, revelados após sua morte.