A atriz Luciene Adami, de 58 anos, relembrou sua participação como Guta na primeira versão de “Pantanal” (1990) durante uma live realizada no Instagram com a também atriz Mônica Guimarães, que coordena o projeto “Documenta Pantanal”, que busca documentar, disseminar e conservar a beleza e o valor natural da região em que se passa a novela.
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Luciene destacou que não tem nada na nova versão da novela que ela não goste, mas apontou como principal diferença a ausência de cenas de nudez.
“Uma diferença que noto, talvez pela questão dos tempos, é que a novela original tinha uma questão bem gritante que eram as cenas de nudez, e eram cenas lindas. Eram uma nudez artística, que nunca revelava muito. Hoje, não temos isso”, contou a atriz. “É algo que vem da sociedade. Eu já tive cenas da novela que eu postei que o Instagram tirou do ar e não tinha nada demais”.
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Apesar de valorizar a nudez artística da novela, a atriz ressaltou que tais cenas eram as mais difíceis de fazer.
“As cenas mais difíceis foram as de nu, não é fácil se despir na frente de um monte de gente, mas como ator é tudo maluco, depois que falam 'ação', esquecemos a doença, a vergonha, os problemas, tudo”, brincou.
Desde a estreia da nova versão de “Pantanal”, Luciene tem compartilhado cenas da original em suas redes sociais. Ela contou que tem toda a novela digitalizada e que aprendeu a editar vídeos com a nova prática. A atriz destacou que ficou muito feliz com a refilmagem, principalmente para dar visibilidade à região pantaneira.
“Quando vi que ‘Pantanal’ iria estrear este ano, achei maravilhoso, porque o Pantanal precisa de atenção, assim como a Amazônia e o cerrado precisam de atenção. É uma novela em que a natureza é o personagem principal. É um jeito de chamar a atenção das pessoas para a reflexão”, apontou. “Queria convidar as pessoas para uma reflexão sobre a nossa eleição. A gente precisa pensar em pessoas que irão cuidar da gente e da nossa natureza. Que país cada um de nós quer deixar pro filhos?”
Morando em Porto Alegre, onde dá aulas de teatro, Liciene revelou que continua próxima de várias das pessoas com quem trabalhou na novela, como Tarcísio Filho, Jussara Freire, Marcos Palmeira, Antônio Petrin e Ernesto Piccolo.
“A equipe e o elenco eram muito pequenos. Vivíamos juntos. Acordávamos e tomávamos café todos juntos. Ficamos todos muito amigos. Não havia qualquer comunicação, porque não tínhamos telefone, não tínhamos nem televisão no início das gravações. Nós não assistíamos à novela. Só quando veio a Copa do Mundo, e os homens ficaram desesperados para assistir, que colocaram uma parabólica e conseguimos ver a novela”, relembrou.