Intérprete de Juma Marruá na edição original de "Pantanal", Cristiana Oliveira traça um panorama das cenas de nudez entre as duas versões da trama. Segundo a atriz, a novela de 1990 se preocupava mais em exibir os corpos nus, tanta pelo contexto, de ser algo ligado à natureza, quanto pela audiência também.
"É uma novela de atmosfera sensual, mas, talvez, seja a sensualidade mais bonita que exista, porque não é forçada, tem a ver com a natureza. Acho que da primeira vez, as cenas de nudez e essa sensualidade formais mais exploradas a título de audiência. Agora, não precisa mais disso. A sensualidade está nos movimentos das cenas, não precisa de nudez. Mas, na época, o pensamento era outro, a nudez era uma ferramenta para atrair audiência", opina a atriz, prestes a fazer 60 anos.
Ela ainda comenta sobre o sentimento de precisar se despir frente às câmeras e como era sua autoestima na juventude.
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"Não me importava de ficar nua em "Pantanal", não ligava se aquilo era pela audiência ou não. Fazia parte da história e eu estava muito integrada. Era muito jovem e não pensava nas consequências que isso poderia causar, não teve um lado racional nisso. Fiquei nua porque a Juma ficaria nua mesmo. Mas numa terceira novela depois, me pediram para ficar nua e eu me importei, me manifestei, porque realmente foi incômodo", diz Cristiana, que acrescenta:
"Tinha problemas de autoestima naquela época, problemas com o meu corpo porque fui ex-obesa, emagreci muito. Mas a Juma tinha uma singularidade que nada dessas preocupações da Cristiana interferiam. Mas era sair do personagem e se olhar no espelho, que já não me gostava. Queria corresponder às expectativas das pessoas", finaliza.