Depois de sair do 'BBB 21' com a maior rejeição da história do reality show, Karol Conká foi convidada pelo 'Fantástico' para uma entrevista exclusiva. Nela, a rapper falou sobre sua vida pessoal, sua carreira e seus planos futuros e como pensa em lidar com todo o ódio que tem recebido aqui fora.
Karol contou à reportagem que começou sua carreira fazendo rap na escola para fugir do preconceito e para conseguir se enturmar. "Eu não era só a 'neguinha boba', eu era a Karol Conká, aquela menina que faz rimas, que entende de rap", afirma.
A rapper diz ainda que não sabe lidar muito bem com a rejeição e que isso vem de sua infância sofrida. "Sempre fui rejeitada, não pela minha família, mas em colégio. Teve um momento marcante da professora falar: 'Você não conseguiu resolver essa equação porque você é preta e você nasceu para limpar privadas", conta.
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Karol ainda lembrou de um outro episódio de racismo que sofreu durante a infância, que foi quando um garoto disse que ela devia se banhar em água sanitária. "Quando eu era criança e acreditava em Papai Noel ainda, eu pedia na carta para ser branca. Meu sonho era ser branca!", diz.
Ela disse que acha péssimo ver que o oprimido se tornou o opressor -- já que muitos dizem que o que ela fez com Lucas Penteado, Juliette e Carla Diaz, por exemplo, foi abuso psicológico, algo que ela sofreu na infância. Além disso, Karol também é acusada de praticar bullying e mentir sobre várias situações dentro do 'BBB 21'.
Perguntada pela repórter Ana Carolina Raimundi se ela se considera uma vilã, Karol nega. "Eu sou uma pessoa que cometeu erros, deslizes. A única coisa que eu tenho para dizer é pedir perdão para todo o Brasil. Não tive controle na hora e eu realmente não sou essa pessoa aqui fora", explica.
Sobre os contratos e shows que perdeu, Karol afirma que parte disso é fake news, mas que jamais imaginaria que sua carreira acabaria por conta disso. "Quantas pessoas não passaram por essa onda de cancelamento e as carreiras não foram canceladas?", disse.