Em 2015, quando ainda apresentava a previsão do tempo, Maria Júlia Coutinho foi alvo de ataques racistas. A investigação, à época, chegou até Kaíque Batista. Anos após o episódio, o rapaz foi absolvido e agora briga judicialmente contra a Globo e a própria apresentadora do "Jornal Hoje".
Segundo o site Natelinha, além de uma indenização no valor de R$ 800 mil por danos morais, Kaíque, de 26 anos, quer que a emissora informe em seus telejornais que ele foi inocentado.
Angelo Carbone, advogado de Batista, alega que seu cliente está desempregado e que não conseguiu reconstruir a vida após ter seu nome ligado ao caso de racismo.
De acordo com o recurso apresentado pela defesa do rapaz, se a Globo acompanhou a busca e apreensão na residência de Kaíque, a própria tem responsabilidade de continuar o caso. "Temos um jovem com problemas de depressão, que merece desde logo esse direito".
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Relembre o caso
Em julho de 2015, Maju foi alvo de ataques raciais em uma página do Facebook. À época, Ministério Público abriu investigações e identificou quatro grupos suspeitos.
Em uma reportagem sobre o caso, a Globo mostrou uma ação de busca e apreensão na casa de Kaíque. Para as autoridades, ele disse que era dono da página no Facebook, mas que não tinha postado nada ofensivo. "Não vou segurar o rojão de ninguém", alertou ele em entrevista à emissora.
Após as investigações, o MP denunciou quatro pessoas, sendo que dois foram condenados e outros dois absolvidos - Kaíque foi um deles. O auxiliar de produção ficou livre do processo criminal em março de 2020 por falta de provas. Depois disso, entrou com uma ação de reparo contra a Globo.