A cantora Bel Sant'Anna participou do “The Voice Kids”, na Globo, em 2019, e resolveu falar um pouco dos bastidores da atração. A artista desabafou nas redes sociais e deixou claro que não estava “cuspindo no prato” que comeu, mas gostaria de expor o quanto a competição mexeu com seu psicológico e afetou seu desejo por cantar.

Bel Sant'Anna no
Reprodução/Globo
Bel Sant'Anna no "The Voice Kids"

“Na minha opinião, o The Voice Kids deveria ser proibido. Não só porque as crianças estão sendo usadas pra entretenimento alheio, mas eu já senti na pele como é estar lá e não me fez bem. Ninguém abusou de mim ou coisa do tipo, me trataram muito bem em vários aspectos, o que eu estou falando é sobre a mecânica do programa”, começou o desabafo.

Para Bel, colocar crianças para competirem por puro entretenimento já é algo “duvidoso”, mas na época em que foi chamada para participar, aos 13 anos, tudo na cabeça dela era “mil maravilhas”.

“A experiência em si foi boa considerando as amizades que eu fiz durante o processo, mas eu não tinha preparo psicológico e muito menos emocional para enfrentar um baque daqueles. Podem dizer que eu só ‘não sei perder’, porque foi isso que eu achei por muito tempo. Fui desqualificada nas batalhas e perdi toda a minha autoestima, tudo o que fazia eu querer cantar, toda a mágica que a música tinha pra mim foi embora porque eu pensava que não era boa o suficiente pra continuar. Alguém lá dentro me designou ruim demais para seguir no show”, escreveu a ex-participante do “The Voice”.


Depois de ser eliminada da atração, Bel viveu um verdadeiro pesadelo. “Passei um ano inteiro parada ser tocar no meu piano, sem aquecer a voz, sem cantar no chuveiro. Quem me acompanhou nas redes sociais percebeu que eu fiquei um longo período de tempo sem postar nada e a situação aqui em casa não ajudava, pois meus pais queriam me forçar a voltar a cantar. Até hoje tenho muita insegurança relação a tudo o que eu faço com música por causa disso e ainda trabalho com a terapeuta.”

Há psicólogas nos bastidores da atração musical da Globo, mas Bel disse que elas não ajudavam de fato. “Não falaram nada tranquilizante, só respostas padrões que vocês provavelmente usaram com as crianças antes da gente. Enfim, colocar crianças para competirem entre si (para mim) soa imoral. Vocês não têm noção do quanto partia o meu coração ver as crianças voltando do estúdio pro hotel, chorando porque não haviam passado”, concluiu.

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