Consagrada, aos 52 anos, Claudia Raia ostenta um currículo que é para poucos.Vivendo Lidiane em “Verão 90”, ela vem triunfando, assim como a novela em sua faixa horária.

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Claudia Raia consolidou sua carreira no horário das sete com carisma e muito talento
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Claudia Raia consolidou sua carreira no horário das sete com carisma e muito talento

Todavia, a presença de Claudia Raia em “ Verão 90 ”, novela das sete, têm alguma relação com a audiência? Com base nesse questionamento, o iG Gente elaborou um estudo sobre o desempenho de todas as novelas das sete em que a atriz marcou presença.

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Antes de começar, é válido ressaltar que Claudia começou a fazer novelas nos anos 80 e nesta época a audiência funcionava de uma maneira diferente dos dias atuais.

Claudia Raia em
Divulgação / TV Globo
Claudia Raia com o elenco de "Cambalacho"

Como pode ser lido em “A História da Televisão do Brasil: Do Início até os Dias de Hoje”, de Igor Sacramento, Marco Roxo e Ana Paula Goulart, neste tempo a internet não era um bem barateado, muito menos popular em solo tupiniquim. Os grandes meios de comunicação eram a televisão e o rádio, o que consequentemente acarretava em uma audiência absurda que ultrapassa 50 pontos com facilidade. Na atualidade, em seus dias de glória a Globo não bate 30 pontos fechados.

Dito isso, uma das primeiras novelas da sete em que Claudia Raia marcou presença foi em “Cambalacho” (1986), a trama de Silvio de Abreu foi exibida pela Globo e é até hoje uma das maiores audiências da história da dramaturgia brasileira no horário.

O sucesso foi tanto, que “Cambalacho” foi a primeira novela das sete a superar uma trama das oito. À época, a trama de Silvio de Abreu teve média geral de 56 pontos, um fenômeno já que, à época, a média para as tramas das sete era 40 pontos.

Claudia Raia em
Divulgação / TV Globo
Claudia Raia em "Sassaricando"

Outro sucesso com a presença da atriz é “Sassaricando” (1988). Apesar de o núcleo principal ter perdido força durante o desenvolvimento da obra, segundo depoimento de Silvio de Abreu ao livro “Crimes no Horário Nobre”, de Raphael Scire, o público não entendeu a trama das três amigas que queriam dar um golpe do baú. Todavia, esta falha não fez do produto um fracasso, o retorno foi tão grande que a trama ganhou um remake batizado de “Haja Coração” em 2016.

Em 1992, consolidada no horário das sete, Claudia viveu Celeste, namorada de Jurandir, em “Vamp”, outro produto de sucesso. Daí em diante o mesmo se repetiu com “Deus Nos Acuda” (1993); “O Beijo do Vampiro” (2000); “Sete Pecados” (2008); “Ti Ti Ti” (2011); “Alto Astral” (2014) e, claro, “Haja Coração” (2016) - remake do sucesso “Sassaricando” (1988).

Claudia Raia é sinônimo de sucesso?

Porém, como diz o ditado popular, "um jogador não faz o time. O brilhantismo de Raia somados a elementos cômicos, com certeza, fazem parte de uma fórmula de sucesso repetida sucessivas vezes pela emissora administrada pela Família Marinho, como pôde ser visto no decorrer dos meses, anos, por fim, décadas a fio. 

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Desempenhando um papel de destaque ou não,  Claudia Raia não é totalmente responsável pelo sucesso das teledramaturgias em que atua, todavia, em uma analogia com o Xadrez, sua essência de Rainha, ou seja, expansiva e poderosa, permite que ela se misture, flua e conquiste holofotes por onde passa, mesmo que isso signifique ofuscar/eliminar peões - no caso, atores com menos qualidades e experiência que ela em cena.

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