Explorando a questão dos refugiados no Brasil e a cultura síria, “Órfãos da Terra” segue como a novela com melhor aceitação do público. Já “O Sétimo Guardião”, que ocupa o principal horário da emissora, segue recebendo críticas e nem na reta final está empolgando o público. Muitos telespectadores chegaram a questionar por que a novela da faixa das 18h não está no horário nobre.

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Divulgação/TV Globo
"Órfãos da Terra" conquista público com trama simples, mas detalhista


“Órfãos da Terra” possui, sim, muitos clichês e como grande parte das novelas conta a história de um casal apaixonado que luta para ficar junto. Bom, então o que a está levando a esse sucesso todo? O iG Gente listou alguns aspectos que esclarecem a questão.

Bons atores

Rania (Eliane Giardini)
Reprodução/TV Globo
Rania (Eliane Giardini)


Além de possuir um elenco que tem traços que lembram os de sírios, os atores estão cativando com boas atuações. Julia Dalavia e Renato Góes , por exemplo, estão dando conta dos protagonistas Laila e Jamil e Alice Wegmann vem ganhando destaque na trama como a vilã Dalila. Quem também merece destaque é a personagem Rania, a matriarca da família Nasser, e isso se deve muito a forte presença em cena de Eliane Giardini.

2. Tramas secundárias

Abner (Marcelo Médici) vive implicando com Sara (Verônica Debom)
Reprodução/TV Globo
Abner (Marcelo Médici) vive implicando com Sara (Verônica Debom)


Como uma novela fica meses no ar, é fundamental ter tramas secundárias que ajudem a sustentar a história principal. Em “Órfãos da Terra”, há muitos conflitos e situações que envolvem o público.

Na casa da família Nasser, por exemplo, Aline (Simone Gutierrez) é obcecada por engravidar e tentará ter uma filha a todo custo, Cibele (Guilhermina Libanio) é um jovem feminista que luta por seus ideais e Zuleika (Emanuelle Araújo) redescobre o amor com o delegado Almeidinha (Danton Mello).  

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A questão dos refugiados no Brasil é mais abordada através do abrigo comandado por um padre. Já o lado cômico do folhetim é sustentado pela relação de amor e ódio entre Sara (Verônica Debom) e Abner (Marcelo Médici).

3. Nova cultura

Dalila (Alice Wegmann)
TV Globo/Paulo Belote
Dalila (Alice Wegmann)

O que também é muito mostrado na novela, e surge como uma novidade para os telespectadores, são os costumes do povo sírio. Na trama, parte do núcleo central sofre dificuldades para se adaptar aos costumes e cultura brasileira. Em muitas cenas, os atores explicam como seria se eles estivessem na síria e a própria imagem de um sheik casado com várias mulheres já é algo que desperta curiosidade.

4. Vilões de respeito

Aziz (Herson Capri)
Reprodução/TV Globo
Aziz (Herson Capri)


Aziz Abdallah foi apresentado como o grande vilão da história e o ator Herson Capri dá vida ao personagem com propriedade. Mesmo com a morte do personagem, a novela não ficará sem um grande vilão.

Dalila surgiu como uma menina mimada, mas isso está mudando, principalmente após ela descobrir que Jamil não se casaria com ela e de que seu pai assassinou sua mãe. A personagem promete crescer na trama e mostrar a que veio.

5. Detalhes que fazem a diferença

Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes)
TV Globo/Paulo Belote
Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes)


Fora a boa escalação do elenco, outros detalhes enriquecem a trama. O sotaque dos personagens estrangeiros, por exemplo, é algo bem sutil e algumas palavras são trocadas por termos sírios, isso deixa as cenas mais realistas e não afeta o entendimento.

Na trilha sonora de “ Órfãos da Terra ” também há músicas sírias – como a música tema do casal protagonista. Os figurinos e cenografia também são cheios de referências sírias e estão à altura da produção.

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