O “É De casa” estreou em 2015 com a ideia de ser para toda a família. Com dicas para cuidar da casa, fazer receitas novas e decorar sem gastar dinheiro, ele é voltado para a família de classe média/baixa.

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"É De casa" já esgotou o formato e precisa sair da grade da Globo, que está em crise

Mas, há quase quatro anos no ar, o programa já gastou todas as suas possibilidades, e hoje faz uma versão reciclada e empobrecida de si mesma. Apostando em grandes nomes da Globo que estavam sem lugar na programação, o “ É De Casa ” virou uma longa edição de “faça você mesmo”.

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Ao longo dos programas, são dicas sobre como organizar talheres nas gavetas da cozinha, fazer fantoches de meia e disfarçar marcas na parede com quadros. Algumas dicas são interessantes e mostram como empreender de casa. Considerando que a alta taxa de desemprego tem levado muitas pessoas ao trabalho informal, encontrar novas maneiras de aumentar a renda familiar é útil.

Mas o programa oferece algo muito superficial que pode ser encontrada em uma navegada no YouTube. No sábado anterior ao carnaval o programa amargou 6,1 pontos e foi superado pela programação do SBT , que fez 6,9 com desenhos animados.

Mas não é só o matinal que é problemático. Antes do “Caldeirão do Huck”, durante o período da tarde, a Globo enfrenta os mesmos problemas que vem passando durante as tardes da semana: programas ruins ou reciclados.

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Se Luciano Huck está consistente no ar há 19 anos (mesmo que sua audiência também não seja das melhores), o resto do período vive sofrendo mudanças. No momento, o novo programa de Otaviano Costa, “Tá Brincando”, ocupa cerca de uma hora da grade, mas não se destaca. Antes disso, o “SóTocaTop” com Luan Santana foi pensando justamente para alavancar os números, sem sucesso.

Antes do programa de Otaviano, é o “Sai de Baixo” a estratégia usada para subir a audiência depois dos jornalísticos. Durante a semana, “A grande Família” tem ocupado este posto, enquanto a emissora planeja uma nova atração para as tardes. Alguns programas conseguem se renovar ao longo dos anos, mas outros não. A emissora demorou muito tempo para perceber isso com o “Vídeo Show” e precisa ser mais eficiente agora.

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Zeca Camargo, Cissa Guimarães e os outros apresentadores do “ É De Casa ” merecem continuar no ar, mas não “jogados” num programa sem sentido. Parece impossível pensar que esses talentos, assim como outros da casa, não pensem em atrações criativas que entretenham.

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