Não dá para dizer que a Globo fracassou com seu serviço de streaming em 2018. Embora ainda não tenha a repercussão almejada com suas produções da plataforma, o Globoplay ganhou popularidade e caminha para se consolidar no próximo ano.
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Esse ano, além de produções originais, como “Assédio” e “Ilha de Ferro”, a Globo apostou em um “enlatado” de muito sucesso nos EUA, a série “The Good Doctor”. Uma das maiores audiências dos EUA, a produção foi a estratégia usada para angariar novos assinantes para o Globoplay , exibindo o primeiro episódio na TV.
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Os testes já aconteciam desde 2017, quando “Carcereiros” foi lançada sem sucesso no streaming . Desde então, a série foi para a TV, onde teve mais audiência. A emissora, porém, não desistiu e sabe que tem condições de competir com a Netflix por aqui. O caminho ainda será longo, mas 2019 com certeza será o ano do “ou vai ou racha” para a plataforma.
As séries vivem uma nova “era de ouro” fora do Brasil, mas aqui, mesmo consumindo produções internacionais, as nacionais não tem tanto apelo com os fãs das maratonas. Mas com a debandada de atores que buscam novas oportunidades fora das novelas, a Globo viu a chance de se reinventar nesse produto.
HBO , Fox , Space , TNT e a própria Netflix tem produtos nacionais, mas é inegável que a platinada tem mais recursos e pode superar as outras se assim quiser. Prova disso é “Ilha de Ferro”, produção mais cara da emissora desenvolvida exclusivamente para o on-line. Com Cauã Reymond como “garoto-propaganda”, a série tem uma história original, com cara de Brasil, mas ação suficiente para angariar fãs que não necessariamente assistem TV aberta.
![produção mais cara da Globo, produção mais cara da Globo,](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/dj/4g/4t/dj4g4tknpxhp2kfb8sczkkem1.jpg)
Mas essa é só a ponta do que será um ano cheio para o streaming. Na CCXP 2018, o canal mostrou seu poder de fogo e foi um dos nomes mais comentados da feira geek. Só sua presença maciça já indica a busca por novo público, mas eles aproveitaram a ocasião para anunciar planos ambiciosos para 2019: de acordo com fontes do canal, serão mais 300 produções na plataforma.
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Embora não tenha entrado em detalhes sobre o que, exatamente, serão esses produtos, algumas coisas já estão definidas, e a nova aposta está alinhada com a proposta de evitar o público fiel à TV. Tatá Werneck protagonizará a série “Shippados”, escrita por Fernanda Young, e que usa diversos artifícios típicos do público que eles almejam: internet, aplicativos de relacionamento e amor nos tempos de redes sociais.
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Mas porque eles buscam diversificar o máximo possível em busca de novos potenciais assinantes, outra aguardada estreia acontecerá no começo de 2019: a série “Aruanas”. Com um elenco estelar, a produção entraria facilmente na lista das mais aguardadas do ano caso fosse estrangeira.
![Com elenco repleto de estrelas, Com elenco repleto de estrelas,](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/2k/os/ew/2kosewrobqhjbm3w45xywx8pu.jpg)
Sendo nacional, ainda recebe olhares tortos, mas promete uma história inusitada, que mistura um thiller com dramas pessoais das personagens vividas por Taís Araújo, Leandra Leal, Débora Falabella e Camila Pitanga, além da novata Thainá Duarte. Ainda sem data de estreia nem quantidade de pisódios divulgados, a produção deve estrear ainda no primeiro semestre.
Outra atração confirmada para o próximo ano é a série “Minha Mãe é uma Peça”, baseada no filme criado por Paulo Gustavo. A elogiada “Killing Eve” já chegou a plataforma, além do reboot de “Charmed”. E essa “miscelânea” é justamente o que a Globo busca para conquistar um público mais diversificado.
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Considerando que a Netflix perdeu o reinado e começou a dividir o posto de streaming com a Amazon, Fox e logo mais com a Disney, essa parece a hora perfeita para o Globoplay entrar na briga.