O reality “ A Casa ”, da emissora Record , nem bem começou e já está dando o que falar . Desmaios, brigas desrespeitosas e até denúncia de telespectador para o Ministério Público Federal de São Paulo conferir se há violação de direitos humanos já rolou por conta do programa .
Por isso, o iG Gente resolveu listar o quanto o reality , até agora, conseguiu acumular de motivos para qualquer um que assista sinta vergonha alheia. Confira dez deles!
Falta de noção
Para inaugurar a lista de absurdos que vêm rolando desde que o reality “ A Casa ”, da Record , começou, basta começarmos com o ponto de partida do programa : uma casa com espaço para 4 pessoas ocupada por 100. A disponibilidade de mantimentos e do mínimo necessário para necessidades básicas, como comer, tomar banho e ir a banheiro, na mesma proporção de espaço (pensado para comportar apenas 4 indivíduos), já é conteúdo suficiente para configurar um micão.
Naturaliza e satiriza violências ao bem estar
Um reality que coloca uma dezena de participantes nas condições desconfortáveis que “ A Casa ” coloca - sem as mínimas perspectivas de uma boa alimentação e de, sequer, um singelo momento reservado para a higienização pessoal mais básica - e faz disso um programa de televisão, não dificulta a existência de um olhar negativo do público que é empático e se importa com o próximo.
Colocando 100 pessoas num espaço para apenas 4, e com mantimentos nessa mesma proporção, “ A Casa ” funciona é um colaborador e tanto para o surgimento de um clima pesado, desgostoso e desumano – e que, por estar na televisão, transforma essas violências ao bem estar em entretenimento, quando se é completamente o contrário.
Egocentrismo
Júnior foi o primeiro “dono da casa” escolhido no reality , mas parece que as regras ditadas pelo participante não têm agradado muito dentro da casa. O descontentamento, porém, está rolando acima de tudo por parecer que todo o poder concentrado nas mãos de Júnior tem lhe subido um pouco a cabeça. Posturas arrogantes tem partido do integrante e primeiro líder de “ A Casa ” e o restante dos competidores têm reclamado que sua má administração do dinheiro está comprometendo o bem estar básico do restante do grupo.
Preços abusivos
No reality “ A Casa ”, R$ 1 milhão são disponibilizados para fazer compras de mantimentos diversos necessários para sobrevivência durante 3 meses. Parece bom, não? Uma grana e tanto? É aí que mora o engano. Além do programa contar com 100 participantes, cada um com fome, necessidade de tomar banho e de ir ao banheiro, os preços para cada objeto que soluciona essas carências básicas e instintivas do ser humano são insanamente abusivos. O que pode exemplificar são preços como R$ 2.500 por quatro cobertores e um litro de chocolate quente, ou então os R$ 2.000 por poucos papéis higiênicos e itens de higiene bucal.
Em caso de lazer, se algum participante na liderança resolver comer ou ter algo que seja um pouquinho mais prazeroso os valores vão lá na lua. Um dos kits do programa , com 20 pizzas e 30 cervejas, só pode ser comprado por R$ 25 mil.
Tão desumano que já foi denunciado
Algumas pessoas ficaram tão chocadas com a opressão que o programa exerce, que até uma denúncia ao Ministério Público Federal de São Paulo já foi realizada para a abertura de um inquérito, com o propósito de investigar violações aos direitos humanos no reality . Esses espectadores que procuraram o MP acompanharam a estreia do programa e, segundo a assessoria de imprensa da Record, não houve notificação alguma sobre a investigação.
Ironia, cinismo, ou falta de semancol?
“Quem disse pra vocês que isso é um reality de sofrimento?” foi uma, entre outras, frases ditas pelo ícone da TV Marcos Mion , apresentador de “ A Casa ” durante uma conversa com os candidatos confinados. Em entrevista ao comediante e também apresentador Fábio Porchat, Mion também relatou."Não é um reality de sofrimento. Há tudo do bom e do melhor para eles comprarem. Mas há uma tendência deles a sofrer". Ironia e cinismo de sobra ou será que Marcos Mion não consegue enxergar as situações desumanas às quais os candidatos do reality estão tendo que se submeter?
Será que vai durar pouco?
Com apenas uma noite de reality , três pessoas desistiram por não aguentar o desconforto e as situações de perrengue que o programa propõe. Isso mesmo, 24 horas apenas. Agora que o reality tem uma semana, o número de 100 competidores já caiu para 93 na disputa pelo prêmio de R$ 1 milhão. Entre os eliminados, há pessoas que saíram do programa por problemas de saúde e mais uma, “expulsa” por escolha do líder Júnior, que alega “falta de afinidade”.
Brigas feias
As brigas, na casa, estão se tornando cada vez mais feias e o programa não fez nem uma semana. Júnior e Miguel, na madrugada do dia 29 para o dia 30 de junho, discutiram feio por conta de um episódio envolvendo comida e a arrogância da qual o “dono da casa” foi acusado. Não só a briga em si, mas todo o contexto de lutar para sobreviver no programa elevou tanto os ânimos dos dois participantes, que xingamentos como “verme”, “vacilão” foram ditos, além de ameaças de agressão.
Desmaios
A luta para sobreviver no reality “ A Casa ” pode ser comparada a que é necessária para conseguir viver numa selva, onde não se tem o que comer, praticamente. Passar fome, nesse sentido, está entre as principais preocupações do grupo que está na corrida pelo R$ 1 milhão, que infelizmente já saiu do campo da teoria. Participantes como Vinny e Flávia chegaram a desmaiar por não se alimentarem bem. No caso da competidora Ellen, a melhor opção foi priorizar a própria saúde e respeitar seus limites, que estão acima de qualquer quantia.
Recordista em polêmica
O programa , no ar desde 27 de junho, com apenas três dias de exibição, é um verdadeiro recordista em polêmicas e, especificamente, em vergonha alheia. Entre desmaios, brigas e desistências recorde, o reality “ A Casa ” tem polemizado, chamado a atenção dos telespectadores , mas com um detalhe: não parece ser pelo lado bom. E tudo indica que as tretas e barracos por conta do programa só começaram!