O cantor Lobão foi o convidado do programa "Pânico Jovem Pan" nesta segunda-feira (05) e falou sobre possíveis críticas ao governo Jair Bolsonaro , o atual cenário do rock e também sobre a Lei Rouanet. Fortemente ativo nas redes sociais e à favor do eleito presidente do Brasil nas eleições 2018 para os próximos quatro anos, o cantor falou que também foi convidado para o Ministério da Cultura, além de dizer que não é chapa branca.
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O cantor Lobão disse que agora que o rock irá voltar a ter a sua potência. "Eu fui visitar a cena do Rio de Janeiro e tem bandas incríveis acontecendo por lá, e olha que eu sai de lá porque a cidade é um túmulo do rock. Eu sai de lá na época do Melanina Carioca, ta entendendo?!. Eu falei 'chega', eu vou para São Paulo, po, pega mal. Mas ai está vindo banda de rock de verdade, não essa coisa molenga, meio MPB, meio tropicalista, aquele pobre cenográfico com aquela sandalinha de coro, aquela cara de maconheiro fedorento, não, rock", disse.
"Ano que vem nós vamos zuar a cena, novos festivais, novos empreendimentos, vamos trocar esse paradigma, eu estou falando, Pai Lobão falou, assim está falado. (...) Nós temos que ver que o rock vai voltar com força, ele foi excluído num processo político cultural do PT, que odeia rock", completou.
Críticas ao governo de Jair Bolsonaro
Quando questionado sobre possíveis críticas futuras a Bolsonaro, Lobão disse que está otimista com o futuro político do País, mas que é um homem de crítica. "Você tem que dar um voto de confiança, não significa que você vista a camisa. Olha, política não é time de futebol, você está entendendo. Você é um eleitor, não um torcedor sabe?! Então, o Bolsonaro, eu nunca estive tão otimista. Estão querendo que eu fosse para o Ministério da Cultura, mas eu falei: 'sou do rock'", falou.
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"O próprio professor Olavo de Carvalho foi cogitado para o Ministério da Educação, tanto ele como eu temos os mesmos argumentos. Olha, eu sou um homem de crítica, eu vou ficar sempre na crítica, eu não sou chapa branca, justamente porque assim como eu defendo, pedras que rolam não criam limbo né cara. Eu não vou ficar aqui torcendo cegamente pra nenhum tipo de partido, eu empenho todo o meu otimismo em relação a isso. Eu sempre dou aqueles primeiros cem dias sabe", completou.
Cantor Lobão fala sobre Lei Rouanet
Revelando apoiar a campanha do ex-presidente Lula nas eleições em 2002, Lobão disse que para fazer sucesso, é preciso beijar a mão dos integrantes do partido vermelho.
"Ai foi, eu apoiei a campanha de 2002 e a primeira medida que eu já fiquei arrepiado foi quando ele botou o Gilberto Gil justamente como Ministro da Cultura, raposa no galinheiro. E foi justamente na gestão do Gil que começou essa coisa da Lei Rouanet, beneficiar artistas consagrados. Porque a Lei sempre foi para artistas que estão começando, projetos audaciosos de artistas experimentais, bibliotecas, museus, orquestrar e entre outros", fala.
Em complementou, falou que a Lei beneficia artistas já consagrados. De repente veio Vanessa da Mata. (...) Ai começou aquela coisa, editais para festas mirabolantes, começaram a inventar cerimônias, fatos. (...) Então ficou essa mamata que muito garantiu o que eu chamo de 'coronelato da MPB que vem desde os anos 60'", fala.
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"As pessoas falam que hoje em dia tem fulano, beltrano, mas pra poder ser isso tem que beijar a mão desses caras. Você vê que a própria Anitta no início do ano passado foi lá beijar a mão de Gilberto Gil, teve que se submeter a fazera a abertura dos Jogos Olímpicos. Nos anos 90, o Alexandre Pires tinha que sentar no colo do Caetano", completou o cantor Lobão.