Após ter um vídeo vazado em que fazia comentários racistas, o jornalista William Waack viu seu império ruir: as críticas nas redes sociais fizeram tanto barulho que incomodaram a Rede Globo. Em um esforço para evitar ter a imagem de um de seus principais produtos jornalísticos arranhada, resolveu afastar o jornalista da bancada do " Jornal da Globo ".
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O caso aconteceu durante uma transmissão ao vivo em que William Waack se preparava para entrar ao vivo, em uma transmissão direto da Casa Branca, nos Estados Unidos. Nesse momento, um carro passa buzinando e, sem saber que estava sendo gravado, jornalista teceu comentários de teor racista ao convidado, Paulo Sotero.
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Bastante criticado também pelos artistas, William Waack está afastado dos holofotes desde que a polêmica veio à público. Contudo, alguns jornalistas foram na contramão da opinião pública e dedicaram algum tempo em seus veículos para falar sobre o caso, defendendo o colega de profissão. Nessa lista há nomes já esperados, como Rachel Sheherazade, e outros nem tanto, como Augusto Nunes. Veja quem são:
Rachel Sheherazade
Não é nenhuma surpresa que Rachel Sheherazade esteja nesta lista. Uma das primeiras a se manifestar sobre o caso, ela usou sua conta oficial no Instagram para comentar o ocorrido. Na publicação, ela afirmou que Waack foi "o último alvo dos fundamentalistas da moral seletiva. Caiu na armadilha pérfida dos coleguinhas invejosos, esquerdistas acéfalos e medíocres de todas as nuances. O 'hipocritamente correto' venceu mais uma vez".
Augusto Nunes
Augusto Nunes fez sua voz valer no "Jornal da Manhã", programa da Rádio Jovem Pan , em que o jornalista faz comentários sobre assuntos diversos. Durante o tempo em que ficou no ar comentando o caso, fez questão de exaltar o currículo do colega, além de afirmar que "agir assim em países primitivos é perigoso. Não é surpreendente que por um punhado de frases sem importância ele vire alvo de seitas especialmente repulsivas".
Luiz Felipe Pondé
Luiz Felipe Pondé escreveu todo um artigo, em sua coluna semanal no jornal Folha de São Paulo , relacionando o caso de Waack com as recentes acusações de assédio sexual cometidas por Kevin Spacey. Sobre ambos os casos, ele afirmou que não acredita "na boa-fé da maioria que se diz indignada com frases infelizes que soam racistas ou atitudes suspeitas de assédio sexual" e que "as redes sociais são apenas o caldo de cultura de bactérias em que a fúria animal humana por sangue se manifesta".
Reinaldo Azevedo
O polêmico colunista também não perdeu a oportunidade e se manifestou sobre o vídeo vazado. "Se disse ser aquilo 'coisa de preto', ia no gracejo um dado referencial: um “outsider”, de direita, com rompantes de extrema-direita, acabara de vencer a eleição no confronto com a candidata de Barack Obama. Negros e imigrantes constituíram as duas forças mais militantemente organizadas contra Trump", afirmou. Ele ainda acrescentou que o jornalista é "é meio preto, meio árabe, meio misturado", e defendeu que o vídeo não deveria ter ido para o ar - pois não se tratava de uma matéria de interesse público.
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Gilmar Mendes
Gilmar Mendes não é jornalista, mas sim, ele abandonou pilhas de processos para se manifestar em defesa de William Waack. Através do Twitter, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) classificou o ato do ex-âncora do "Jornal da Globo" como um erro e afirmou que todos estavam sujeitos a errar. Os internautas, obviamente, lembraram o ministro que racismo não é um erro, mas sim, um crime previsto em lei.