Atualmente Paulo Henrique Amorim é um dos grandes destaques do jornalismo na televisão brasileira. Conhecido de longa data do público, PHA, como também é conhecido, já apresenta há 12 anos na Record o programa “Domingo Espetacular”, mas sua carreira na televisão remonta a meados dos anos 1980 quando assumiu a posição de repórter na Globo. Polêmico e ácido, desde sua saída da emissora Paulo Henrique Amorim já deu muito o que falar e foi alvo de diversas controvérsias envolvendo seu nome.
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Na Globo
Quando Paulo Henrique Amorim chegou na Globo, ele já era um nome em ascensão no cenário do jornalismo brasileiro e tinha uma carreira consolidada em impressos. Antes de entrar para o quadro de funcionários da emissora, PHA já havia passado por veículos como a Editora Abril, Revista Realidade e pela Veja , onde foi editor de economia e correspondente internacional da publicação em Nova York.
Ainda antes de chegar à televisão , o jornalista atuou na revista Exame e no Jornal do Brasil antes de começar já de cara como editor-executivo na Rede Manchete, onde permaneceu até 1985, quando se transfere para a Globo . PHA ocupava uma posição de prestígio na emissora: de repórter e editor de economia, passou a chefe de escritório e correspondente de Nova York. Nessa época participou de coberturas históricas, como o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Pós Globo
Depois de sua passagem pela Globo, Paulo Henrique Amorim teve uma breve passagem pela Band – e desde então o jornalista tornou-se sinônimo de polêmica . Apresentador do “Jornal da Band”, PHA abandonou da emissora por discordar de medidas que estavam sendo tomadas naquele momento na seção de jornalismo e foi desligado do canal. Após o incidente, o jornalismo moveu uma ação judicial contra a Band por quebra de contrato e dali em diante sua carreira seria marcada por confusões.
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Assim que deixou a Band, em 1999, PHA inaugura o programa “Conversa Afiada” na TV Cultura – que posteriormente migraria para a internet, hospedado dentro do iG . Em 2008 sua parceria com o portal acabou de forma abrupta, com a diretoria alegando que sua coluna não rendia em termos de audiência, mas Paulo assegurava que havia questões ideológicas envolvidas.
Na internet o jornalista ganhou grande reconhecimento por ser franco quanto a sua posição política e não permitir que questões externas dos veículos interferissem no conteúdo que produzia. Depois de sua polêmica saída do iG, Paulo Henrique Amorim transformou o “Conversa Afiada” em site independente e, depois, em um canal do Youtube que atualmente já soma mais de 140 mil inscritos.
Além de mante forte presença online, PHA permanece na televisão na Record, onde apresenta o “Domingo Espetacular” – e sua situação no canal é frequentemente questionada. Entre 2016 e o início de 2017 especulava-se que o jornalista seria descartado da Record por seu posicionamento político, mas em julho do mesmo ano teve seu contrato renovado por mais quatro anos, contrariando as expectativas de quem já o contava como carta fora do baralho.
“Não me calarão”
Paulo Henrique Amorim teve passagens notórias em sua carreira – sobretudo o período em que foi parte do time de jornalistas da Globo, mas seu discurso atualmente é bem diferente do que era há 30 anos. Uma rápida busca pelo nome de PHA seguido do termo “Globo” em seu canal do Youtube já revela o tipo de opinião que ele sustenta hoje em dia.
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As críticas duras e incisivas contra o império de comunicações criado pela emissora e até algumas previsões apocalípticas da queda da emissora são um dos assuntos mais comentados do seu site. PHA já insinuou que o canal estaria sendo colocado à venda, que é um empecilho direto para o exercício democrático do país e recentemente cravo “o filho mais velho de Roberto Marinha [...] celebrou o réquiem da empresa que herdou do pai e não vai deixar para os filhos”, dando a entender que a Globo estaria chegando ao fim.
Sustentado um ponto de vista de que os gigantes da comunicação manipulam a opinião pública e conduzem o país a seu modo, Paulo Henrique Amorim, inclusive, popularizou a sigla “PIG” (Partido da Imprensa Golpista), que faz referência justamente a essa ação desonesta da mídia brasileira que manda e desmanda os rumos do Brasil da forma que lhe for mais conveniente e engloba não somente a Globo, seu grande alvo, mas outros veículos pelos quais já passou como a Veja .