Carla Diaz como Suzane von Richthofen em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Divulgação/Prime Video - 18.09.2023
Carla Diaz como Suzane von Richthofen em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'


Quem assiste  Carla Diaz interpretando Suzane von Richthofen , em “A Menina que Matou os Pais - A Confissão”, não imagina que a palavra “leve” seria usada para descrever o clima do set de filmagens. O terceiro longa sobre crime intensifica a tensão em comparação aos dois projetos anteriores, ao adentrar na investigação do caso que parou o país em 2002. No entanto, a protagonista destaca que os bastidores foram diferentes da brutalidade da história real.

“Apesar de ser um filme com uma história muito difícil de ser contada, por ser um tema pesado, um crime real, os bastidores eram leves. É impressionante como era leve. Acho que eu nunca vivenciei uma produção tão tranquila, tão organizada e tão leve, mesmo abordando um assunto tão delicado”, conta a atriz ao iG Gente. Carla credita o diretor Maurício Eça e a preparadora de elenco Larissa Bracher na contribuição do clima no set.


“Eles foram maravilhosos na nossa preparação e a conexão de todos nós atores foi muito importante e bacana, foi um processo muito intenso. Não é fácil a gente chegar no estágio emocional que essas personagens causaram em nós. A gente tem a licença poética, não sabemos de fato como aconteceram certos detalhes emocionais. Então acho que essa é a parte do cinema, é a parte fictícia. Acho que isso foi muito interessante na nossa conexão”, avalia.

Diaz também exalta a colaboração com Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima, que interpretaram, respectivamente, Daniel e Cristian Cravinhos, co-autores do crime. “A parceria do trio foi muito importante para minha criação e para minha construção, para esse processo todo. Porque era uma união muito importante. A emoção deles puxava a minha, acho que ninguém fez nada sozinho”, comenta.

Os atores deram vida aos criminosos em “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, lançados em 2021, mas gravados em 2019. A protagonista afirma que sentiu uma certa “familiaridade” ao retornar ao papel três anos depois, já que o terceiro filme foi gravado em 2022. “A preparação da primeira vez também foi tão intensa, que isso estava na nossa memória, estava teoricamente guardado ali, porque a gente viveu tão intensamente”, analisa.


“Dessa vez, acredito que o filme seja mais denso. Então, por mais que tivesse um estranhamento, já que tinha muito tempo que a gente não se via, a conexão foi imediata”, completa. Leonardo também vê o lado desafiador de se reconectar com o personagem: “Teve esse intervalo de três anos, então retomar a energia dos outros filmes, que já tinham uma referência e outra intensidade, era o primeiro desafio. Mas a gente se conectou já no primeiro momento na preparação de novo, no olhar, já tínhamos esse entrosamento e foi fundamental para poder contar essa história”.

Já Allan avalia a experiência como “catártica”. “Foi engraçado que no primeiro dia que a gente retomou, [...] em um curto espaço de tempo, entramos em um lugar emocional muito grande. Foi meio catártico para nós, porque, ao mesmo tempo que teve esse estranhamento por essa distância, tivemos uma conexão muito rápida nesse encontro”, reforça.

Carla Diaz em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Cena de velório em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Carla Diaz e Leonardo Bittencourt em cena de 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Carla Diaz como Suzane von Richthofen em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Carla Diaz estrela 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Carla Diaz e Leonardo Bittencourt em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Leonardo Bittencourt em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Cena do velório com Carla Diaz em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Bárbara Colen entrou no elenco de 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Bárbara Colen e Carla Diaz em 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Bárbara Colen e Carla Diaz em cena de 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão''A Menina que Matou os Pais - A Confissão'
Cena de 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'


O aspecto emocional do filme também foi algo que Diaz precisou ter cuidado. A atriz expõe que precisou repetir o comportamento dos dois primeiros filmes, de se “distanciar do caso real”. “Foi essencial para eu poder interpretar com veracidade a personagem. Porque é um caso chocante, estarrecedor, que mexeu e ainda mexe com o nosso país. Então essa questão foi crucial para poder interpretar. Mas é óbvio que é uma situação muito delicada, porque sabemos que aconteceu”, reflete.

Leonardo também defende que “não cabe fazer julgamento como um interlocutor da história”. “Existe o julgamento da Justiça, nosso papel é contar essa história. Os autos do processo eram base mais do que suficiente. Estudamos desde os outros dois filmes. E nesse terceiro tivemos como referência, o livro da Ilana [Casoy, roteirista]. Já tínhamos todas as informações necessárias e não precisamos aplicar qualquer tipo de julgamento pessoal sobre o caso”, esclarece o ator, citando a obra em que o filme é baseado, “Casos de Família: Arquivos Richthofen”.

Allan ainda complementa que, independentemente do papel, é preciso “entrar no personagem sem julgá-lo”. “Porque é muito fácil a gente cair nessa armadilha. Quando a gente acompanha os autos de processos, entende, e tem um arquétipo do imaginário do que aconteceu, acho que é muito fácil entrar com julgamento. Nós, atores, temos que nos ausentar nesse momento quando estamos dando vida, isso é um fato”, conclui.

“A Menina que Matou os Pais - A Confissão” estreia nesta sexta-feira (27) no Prime Video. Assista ao trailer:


+ Assista abaixo ao "AUÊ", o programa de entretenimento do iG Gente:


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