A Mocidade Independente de Padre Miguel levantou a Sapucaí com um desfile deslumbrante neste segundo dia de desfiles do Grupo Especial. Com um componente alegórico gigante, fantasias impecáveis e um ótimo desfile de chão, a escola da Zona Oeste mostrou ao que veio no Sambódromo.
Porém, os carros da escola apresentaram problemas técnicos e com isso a evolução da agremiação ficou bastante prejudicada. Estes deslizes podem atrapalhar a hexacampeã do Carnaval do Rio na briga por mais um título.
Na estreia de Fábio Ricardo pela escola, a Mocidade fez uma homenagem homenagem ao orixá Oxóssi, padroeiro da escola de Padre Miguel. Além disso, o sincretismo com São Sebastião, no Rio de Janeiro, também foi explorado. O enredo foi bem desenvolvido pelo carnavalesco da agremiação.
A Mocidade começou se desfile arrebatando o setor 1 com gritos de "É campeã", porém, o começo da apresentação foi bastante problemático. Os dois primeiros carros da agremiação tiveram dificuldades para entrar na Avenida.
Com isso, grandes buracos foram formados nos setores iniciais do desfile. A evolução da escola sentiu os problemas e foi bastante prejudicada. Na parte final do desfile, o abre-alas da agremiação desacoplou, teve dificuldade de sair e originou outro grande buraco em frente ao terceiro módulo de jurados.
A parte plástica da escola foi praticamente impecável. Com belíssimas fantasias, a Mocidade se destacou bastante no quesito. As alegorias da Verde e Branco também apresentaram gigantismo e beleza. O ponto negativo foi alguns danos que os carros sofreram por conta da dificuldade que apresentaram para entrar no Sambódromo.
No andamento, o carro de som da Mocidade cumpriu o seu papel. Bastante elogiado, o samba-enredo que tem Carlinhos Brown como um dos compositores, rendeu bastante na Sapucaí. Os componentes da escola mostraram muito vigor e se destacaram no canto. A bateria "Não existe mais quente", do mestre Dudu, também teve excelente rendimento e comandou um verdadeiro show no Sambódromo.