Camisa começa a levantar voo
Divulgação/Riotur
Camisa começa a levantar voo

Terceira escola a entrar na Marques de Sapucaí nesta segunda noite de desfiles da Série Ouro, o grupo de acesso do carnaval carioca, a Estácio de Sá voou alto na Avenida — literalmente. Reeditando um samba-enredo de 1995 com homenagem ao Flamengo, a agremiação trouxe, na comissão de frente, uma camisa rubro-negra estilizada que, com a ajuda de um drone, decolava sobre os integrantes. A inovação animou o público, que recebeu a escola aos gritos de "Mengo! Mengo! Mengo".

A camisa voadora foi elaborada durante cinco meses por uma empresa especializada em solução com drones. De acordo com os idealizadores, o objetivo era mostrar, com os voos, que o "manto sagrado" consegue jogar sozinho.

Esse é um conceito do Nelson Rodrigues, que dizia que daqui a pouco a camisa rubro-negra jogaria sozinha. E olha que ele era tricolor. Ela (a camisa) tem vida própria, e os atletas se vestem no vestiário enquanto ela está na Sapucaí, já jogando — contou Thiago Ribas, da empresa My View, resumindo a performance da comissão de frente.

A reedição do samba-enredo "Cobra-coral, papagaio-vintém #vestirubrunegro não tem pra ninguém", que sofreu pequenas alterações para retirar menções ao centenário do clube, comemorado no ano da primeira passagem, levantou as arquibancadas, que exibiam várias bandeiras do Flamengo. Mesmo antes do início do desfile, a mera menção à escola pelos alto-falantes já era o suficente para garantir muitos aplausos.

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— Flamengo e Estácio vai dar samba. A gente que é rubro-negro vê isso como uma belíssima homenagem — elogiou o lateral Léo Moura, ex-jogador do time da Gávea.

As menções ao Flamengo, claro, estavam em todo lugar. Desde os "sósias" de jogadores convidados a desfilar — versões genéricas de Bruno Henrique, Arrascaeta, Gabigol, Ronaldinho Gaúcho e vários outros — até alas e fantasias, quase todas em preto e vermelho

Jack Maia, a rainha de bateria, encarnou a taça do Mundial de 1981, maior conquista da história rubro-negra. A dona da fantasia Taça Triunfo Mundial — como o traje foi batizado oficialmente — sonha, agora, com um desfecho similar para a escola.

— Espero que a gente também consiga a taça, claro. Fazer essa releitura dois anos após a pandemia é muito especial — festejou Jack.

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