Primeiro filme original da Netflix produzido na Nigéria , " Lionheart " foi desclassificado da corrida pelo Oscar de melhor filme internacional.

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Lionheart
Divulgação
"Lionheart" poderia ser o primeiro filme nigeriano no Oscar


O longa tinha feito história por ser o primeiro a representar a Nigéria na premiação, mas, segundo integrantes da Academia de Hollywood, a produção descumpriu as regras por conter muitos diálogos em inglês .

A diretora Genevieve Nnaji, que também progatoniza o longa, sobre uma mulher que assume a presidência de uma empresa quando seu pai adoece, protestou contra a decisão nas redes sociais.

"Este filme mostra a maneira como falamos enquanto nigerianos. Isto inclui inglês, que serve como ponte entre os mais de 500 idiomas falados no país", escreveu ela, acrescentando: "Não é diferente de como o francês conecta comunidades em ex-colônicas francesas."

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Quem saiu em defesa de Genevieve Nnaji foi a cineasta americana Ava DuVernay, do filme "Selma" (2014) e da minissérie "Olhos que condenam", também da Netflix .

"Academia, vocês desclassificaram a primeira inscrição da Nigéria na categoria de melhor filme internacional porque o filme é falado em inglês. Mas inglês é o idioma oficial da Nigéria. Vocês estão impedindo este país de disputar o Oscar por causa de seu idioma oficial?", questionou.

Este ano, o Oscar mudou o nome da categoria, que antes se chamava melhor filme estrangeiro. A troca se deu justamente para contemplar a ideia de que, hoje, filmes ultrapassaram fronteiras.

As regras, porém, permaneceram as mesmas. Para um filme ser elegível na categoria, precisa ser produzido fora dos Estados Unidos e ter diálogos predominantemente diferentes do inglês.

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A pré-seleção de longas que vão tentar uma vaga no Oscar de filme internacional será divulgada em 16 de dezembro. Este ano, "A vida invisível", de Karim Aïnouz, representa o Brasil na corrida. A cerimônia de premiação acontece em 9 de fevereiro de 2020.

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