Uma palestra do jornalista Glenn Greenwald , editordo site The Intercept Brasil , estava prevista para começar às 19h nesta sexta-feira (12) no barco da Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (FLIPEI), parte da programação paralela da Flip .
Leia também: Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras, troca soco com homem na Flip
Até as 19h30, no entanto, o evento não teve condições de começar por conta do barulho provocado por um protesto. Os manifestantes pararam após uma intervenção da polícia, mas logo voltaram com o som alto e fogos de artifício.
O ato foi convocado nas redes sociais por apoiadores da Lava-Jato contra a presença de Glenn na Flip - seu site tem publicado diálogos atribuidos aprocuradores da operação e o juiz Sérgio Moro. A partir das 19h, o grupo, localizado no mesmo cais do barco da Flipei, passou a tocar som alto e soltar fogos de artifício.
Leia também: Abertura da Flip tem viés político: "Não foi Trump que criou a fake news"
Na trilha sonora estavam o Hino Nacional, "Detalhes" e "Pavão misterioso" - @pavaomisterioso é um perfil no Twitter que afirma ter prints comprometedores de jornalistas do Intercept, do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e do ex-deputado federal Jean Wyllys.
Durante o protesto, uma pessoa da organização da Flipei pegou um microfone e pediu ao público para não reagir com violência. Após uma intervenção da polícia, o som do protesto foi cortado e Greenwald pode iniciar a palestra.
Ainda assim, após iniciar sua fala, o jornalista teve novamente como trilha sonora involuntária o Hino Nacional - inclusive em versão remix. Às 19h45, Glenn ainda enfrentava dificuldades para ser ouvido pelo público que lotava o cais.
Leia também: Flip: Tragédias atuais no Brasil ganham paralelo com obras clássicas
O som dos fogos pode ser ouvido da tenda principal da Flip
, onde atrapalha a performance da artista portuguesa Grada Kilomba.