Sem patrocínio da Petrobras desde fevereiro, a Sessão Vitrine, projeto de distribuição de filmes nacionais criado em 2011, anunciou nesta quarta-feira (3) a realização de sua quinta edição, com o lançamento, ao longo do ano, de dez longas e um curta, "Noir blue", de Ana Pi, em 20 cidades brasileiras. Na nova fase, as estreias ocorrerão simultaneamente nas salas de cinema e em plataformas digitais como AppleTV, Google Play, Now, Vivo Play e YouTube.

Leia também: Os 18 melhores filmes nacionais de 2018

Divulgação/Sessão Vitrine
"Estou me guardando para quando o carnaval chegar"

"O valor do patrocínio da Petrobrás era de R$ 2,3 milhões, que nos permitia lançar 16 longas em 33 cidades ao longo de um ano. O que vamos perder, nesse sentido, é muito da parte institucional, porque íamos aos principais festivais de cinema e tínhamos uma capacidade de promoção dos filmes muito grande. Mas seguimos tentando patrocínio", diz Talita Arruda, coordenadora da Sessão Vitrine  .

A viabilização do projeto, segundo os organizadores, foi possível graças a uma série de parcerias. Com a Sofá Digital, agregadora de VOD (video-on-demand); com o serviço de recomendação Filmmelier; com a Mubi, plataforma de streaming especializada em filmes de arte, e com a Videocamp, ferramenta que viabiliza sessões sob demanda em locais não atendidos pela distribuição comercial.

"Algumas dessas parcerias envolvem dinheiro, mas na promoção do lançamento dos filmes. Não cobre o valor que tínhamos da Petrobras, mas viabiliza a realização do projeto de distribuição. Além disso, constinuamos contando com o valor dado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) por meio do Fundo setorial do Audiovisual (FSA) para o lançamento dos filmes", diz Silvia Cruz, diretora-geral da Vitrine Filmes, que organiza a Sessão Vitrine.

A edição de 2019 começa com o lançamento do filme, no próximo dia 11 de julho, de “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”, de Marcelo Gomes. Todos os lançamentos incluirão sessões seguidas de debates e serão exibidos nas salas de 20 cidades, sendo uma estreia a cada mês. Os ingressos custarão R$ 15 a inteira e R$ 7,50 meia-entrada.

Nas quatro edições anteriores do Sessão Vitrine, foi lançado 48 filmes e soma até agora 200 mil espectadores. 

Longas confirmados para 2019

Divulgação/Sessão Vitrine
"Estou me guardando para quando o Carnaval chegar"

O documentário “ Estou me guardando para quando o carnaval chegar ”, de Marcelo Gomes passa em uma pequena cidade pernambucana, considerada a capital nacional do jeans, e é um microcosmo que mostra o capitalismo moderno e suas contradições. Antes do Carnaval, a população vende seus pertences e foge para as praias em busca de uma felicidade efêmera. Estreia no dia 11 de julho.

Leia também: Votação aberta definirá indicado brasileiro para Oscar 2020 

“Vermelho sol” (“Rojo”)
Divulgação/Sessão Vitrine
“Vermelho sol” (“Rojo”)

“Vermelho sol” (“Rojo”), de Benjamín Naishtat (Ficção). Década de 1970, uma onda de violência política começa a se desenrolar na Argentina. Claudio, advogado bem conhecido de uma pequena cidade rural, leva uma vida tranquila com sua família, até o dia em que entra em uma discussão acalorada que sai do controle. Com Dario Grandinetti, Andrea Frigerio, Alfredo Castro. Estreia no dia 8 de agosto.

Você viu?

Divulgação/Sessão Vitrine
"Querência"

“Querência” , de Helvécio Marins Jr. (Ficção). O vaqueiro Marcelo vive no sertão de Minas Gerais e quer se tornar narrador profissional de rodeios. Um dia a fazenda em que vive sofre um assalto, que impacta Marcelo profundamente. Com Marcelo Di Souza, Kaic Lima, Carlos Dalmir. Estreia com data a confirmar.

Divulgação/Sessão Vitrine
"Os jovens Baumann"

“Os jovens Baumann” , de Bruna Carvalho Almeida (Ficção). Em 2017, são encontradas fitas VHS das férias dos jovens Baumann, desaparecidos misteriosamente durante o verão de 1992, um caso não solucionado até hoje. Com Julia Burnier, Isabela Mariotto, Marília Fabbro. Estreia com data a confirmar. 

Leia também: Com relevância contestada, Cannes ainda é vitrine essencial para cinema nacional

“Nona - Se me molham, eu os queimo”
Divulgação/Sessão Vitrine
“Nona - Se me molham, eu os queimo”

“Nona - Se me molham, eu os queimo” , de Camila José Donoso (Híbrido). Após uma vingança contra seu ex-amante, Nona, de 66 anos, foge para sua casa de verão, em uma cidade costeira no Chile. Lá ela vive uma vida tranquila, até que uma série de casas e florestas a sua volta começam a pegar fogo. Com Josefina Ramirez, Gigi Reyes, Paula Dinamarca, Eduardo Moscovis, Nancy Gómez. Estreia com data a confirmar.

Divulgação/Sessão Vitrine
"A noite amarela"

“A noite amarela” , de Ramon Porto Mota (Ficção). Um grupo de amigos viaja até uma casa de praia de uma ilha do nordeste brasileiro para celebrar o fim do ensino médio. Suas brincadeiras e festas são gradativamente interrompidas pela sensação de que aquele lugar abriga um horror insondável; uma profunda estranheza os espreita através dos limites da percepção humana. Com Ana Rita Gurgel, Caio Richard, Clara de Oliveira, Felipe Espíndola, Marina Alencar, Matheus Martins, Rana Sui. Estreia com data a confirmar.

Divulgação/Sessão Vitrine
"A Rosa Azul de Novalis"

“A Rosa Azul de Novalis” , dirigido por Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro (Ficção). Marcelo tem uma memória inigualável, ele revive lembranças familiares e tem recordações de suas vidas passadas. Em uma delas, foi Novalis, poeta alemão que perseguia uma rosa azul. E nessa vida atual, o que Marcelo persegue? Com Marcelo Diorio. Estreia com data a confirmar.

“Chão”
Divulgação/Sessão Vitrine
“Chão”

“Chão” , de Camila Freitas (Documentário). Junto às mais de 600 famílias sem terra que ocupam uma fazenda de cana-de-açúcar  endividada, Vó, P.C. e seus companheiros acampados redesenham a árida paisagem do agronegócio no sul de Goiás, onde constroem um refúgio de agroecologia, reflexão política e resiliência diária. Estreia com data a confirmar.

“Diz a ela que me viu chorar” , de Maíra Bühler (Documentário). O cotidiano de moradores de um hotel social no centro de São Paulo, numa região marcada pelo uso de crack. Entre escadas, quartos, elevadores e ao som das músicas do rádio, os personagens são atravessados por amores tumultuados e pelo espectro da solidão. Estreia com data a confirmar.

“Ontem havia coisas estranhas no céu”
Divulgação/Sessão Vitrine
“Ontem havia coisas estranhas no céu”

“Ontem havia coisas estranhas no céu” , de Bruno Risas (Ficção). Meu pai ficou desempregado. A família toda precisou voltar à velha casa na Bresser, um pequeno bairro de São Paulo. Minha mãe procura saídas mas não sabe o que fazer. Minha irmã conseguiu um emprego, mas paga pouco.

Minha avó está ficando demente. As cachorras latem. Eles ficam o dia todo em casa, brigam muito. Enquanto isso eu os filmo. Um estranho objeto no céu abduz minha mãe. Nossa vida continua como se nada tivesse acontecido. Certo dia, ela volta e nos diz: não há nada interessante lá fora. Com Viviane Rodrigues S. Marcondes Machado, Julius Cezar Marcondes Machado. " Ontem havia coisas estranhas no céu  " está com data para confirmar a estreia no  Sessão Vitrine .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!