Alexandre Abrão, filho do líder do Charlie Brown Jr., anunciou que a banda formada por seu pai, Chorão , ganhará vida póstuma em 2019. Com show confirmado no Rock in Rio em setembro, ele decidiu reunir um time que irá celebrar o grupo de Santos (SP) em uma turnê com 25 datas confirmadas.
O anunciou foi feito na última terça-feira (09), mesmo dia em que Chorão completaria 49 anos. O líder do Charlie Brown Jr. morreu em 2013 por conta de uma overdose, seguido meses depois pelo baixista Champgnion, que se suicidou.
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Com a tragédia, o grupo chegou ao fim, mas deixou uma legião de fãs que, até hoje, vivem pelas palavras de Chorão. A ideia de reunir um time que prestasse homenagens ao pai surgiu em janeiro, quando um tributo foi feito em São Paulo, no dia do aniversário da cidade.
O resultado foi tão positivo que Alexandre novamente reuniu artistas para apresentarem clássicos da banda como Zóio de Lula e Proibida Pra Mim . Da formação original, somente o guitarrista Marcão Britto marcará presença. Heitor Gomes (baixo) e Pinguim Ruas (bateria), também integrantes do grupo, completam o time, que terá um revezamento de vocalistas incluindo Panda, do La Raza.
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Como homenagem, a ideia é positiva, ainda mais por conta da motivação de Alexandre que, além de manter viva a memória do pai, quer dar a oportunidade de fãs mais novos assistirem a banda ao vivo. Além disso, a ideia dos shows é que artistas menos conhecidos abram as apresentações e, assim, tenham mais visibilidade.
Para os saudosos, os shows serão uma forma de celebrar a banda que misturou estilos e ficou marcada como um dos principais nomes do rock a partir dos nãos 1990. Alexandre já disse em outras ocasiões que o pai deixou gravações prontas antes de morrer, mas que não pretende lança-las no momento.
Seis anos não é tempo o suficiente para reviver uma banda e a longo prazo não faz sentido retomar o grupo sem seus dois principais nomes. O Charlie Brown foi bom e importante por que existiu em determinado momento da música, sob o olhar de Chorão. Ele cantou sobre os problemas do Brasil, sua juventude pobre, e reverenciou estilos musicais que o influenciaram, como o rap e o rock, mas que dificilmente seria replicado por mais alguém, mesmo alguém próximo e com conhecimento profundo dos artistas.
Os 25 shows já parecem exagerados, ainda mais por contemplar principalmente cidades do sudeste, e não devem seguir além disso, deixando a memória e o legado do Charlie Brown Jr. somente para a história, como deve ser.