Pronto desde 2017, “Happy Hour – Verdades e Consequências”, coprodução entre Brasil e Argentina que trata de política e amor, finalmente chega aos cinemas do País. Primeiro longa de ficção de Eduardo Albergaria, a produção é estrelada por Letícia Sabatella e por Pablo Echarri.

“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas
Reprodução
“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas

Leia também: Letícia Sabatella prestigia pré-estreia de filme em São Paulo

O argentino Echarri vive Horácio, um professor universitário, escritor frustrado, que jamais se acostumou com a ideia de ser um estrangeiro no País da mulher. Vera ( Letícia Sabatella ) é uma deputada estadual que cogita lançar-se à disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. É este o ponto de partida de “ Happy Hour ”.

Com o filho do casal em visita a familiares na  Argentina , Horácio enxerga a possibilidade de se aproximar da mulher. No entanto, é o assédio cada vez mais declarado da aluna Clara (Aline Jones) que se intensifica.

O momento de calefação faz com que ele proponha a esposa uma relação aberta. Logo fica claro que a abertura seria mais da parte dela do que dele e a partir daí o longa, cujo roteiro também é assinado por Fernando Velasco e Carlos Artur Thiré, enseja um comentário sobre choque cultural e percepções masculinas e femininas de uma relação fraturada.

Você viu?

“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas
Reprodução
“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas

Leia também: "Uma Viagem Inesperada" relaciona bullying à irresponsabilidade afetiva dos pais

No entanto, há pouca habilidade na articulação dos conflitos ensejados, e arejados por uma trama política que nunca decola, e nas soluções dramáticas aventadas. Horácio vira herói na cidade por ter participado – ainda que acidentalmente – da captura de um assaltante e isso colabora para que o partido de Vera decida por lança-la candidata à prefeita.

A sátira nunca se estabelece e os personagens não respiram o suficiente para extrapolar suas circunstâncias arquetípicas. De todo modo, o trabalho dos atores é inspirado. Sabatella dá dimensão e profundidade a uma mulher dividida entre a carreira política e a salvação de seu casamento, mas que resiste a se colocar no lugar do marido.

“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas
Reprodução
“Happy Hour” une política e amor para opor masculino e feminino nas relações afetivas

Leia também: "Lembro mais dos Corvos" é filme-relato das dores e desejos de uma mulher trans

Já Echarri responde pelos momentos mais bem-humorados do filme e segura a narrativa que pende para o ponto de vista de seu personagem. “ Happy Hour ” pode sofrer para adensar as muitas ideias que endereça, mas é um entretenimento recomendável para quem aprecia um filme sem medo de tentar ser diferente. 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!