Segundo o estudo de Temma Kaplan “Das Origens Socialistas do Dia Internacional da Mulher”, o Dia da Mulher começou a ser celebrado em fevereiro de 1909, nos Estados Unidos. À época, manifestações e marchas uniam o movimento socialista ao sufragista para lutar por direitos políticos, sociais e trabalhistas, para um dia dar espaço a grandes literatas, como J. K. Rowling, criadora de "Harry Potter".
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Além de Temma Kaplan, a literatura contou com muitos nomes femininos. Mulheres que escreveram obras inesquecíveis, inestimáveis, como " Harry Potter " de, J. K . Rowling, e " O Segundo Sexo ", de Simone de Beauvoir. No Brasil, as celebrações do Dia Internacional da Mulher, que acontece nesta sexta-feira (08), estão a todo vapor.
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Com base nisso, o iG Gente resolveu enaltecer os livros mais memoráveis escritos por mulheres.
- Emily Brontë - "Morro dos Ventos Uivantes"
Lançado em 1847, o “Morro dos Ventos Uivantes” foi a única obra da britânica Emily Brontë. Atualmente um clássico, no século XIX o livro foi alvo de fortes críticas. Sob o tema obsessão e romance, o livro atravessou gerações ganhando adaptações para a televisão e para o cinema.
Na história, Heathcliff, um menino pobre de origem desconhecida é adotado por uma família rica. O clímax acontece quando ele desenvolve uma intensa relação com Cathy, sua irmã adotiva mais nova.
- J. K Rowling - Saga "Harry Potter"
Em 1997 Joanne Rowling lançava o primeiro livro da saga do bruxinho. Em pouco tempo os livros ganharam popularidade mundial, recebendo múltiplos prêmios e vendendo mais de 400 milhões de cópias. Ainda no ano de lançamento, a história do bruxo que dá nome a saga foi incluída na lista de livros mais vendidos da história.
O livro conta as desventuras de Harry, um jovem que foi adotado pelos tios após seus pais morrerem de maneira trágica. Ao atingir a adolescência, eventos sobrenaturais começam a orbitar a rotina do garoto, que logo recebe o convite para matricular-se em Hogwarts, escola de magia e bruxaria, comandada por Albus Dumbledore.
- Agatha Christie - "O Assassinato no Expresso do Oriente"
Lançado em 1934, “O Assassinato no Expresso Oriente” é uma das obras mais icônicas da britânica Agatha Christie, escritora que se destacou no subgênero romance policial, tendo ganhado em vida a alcunha de Dama do Crime.
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Na trama, que também já foi adaptada para o cinema, uma tempestade de neve faz com que o Expresso Oriente pare. No dia seguinte, um homem é encontrado morto em sua cabine com doze facadas. Com o trem preso na neve, Hercule Poirot tenta desvendar o mistério.
- Eliane Brum - "A Menina Quebrada"
Lançado em 2013, “A Menina Quebrada” de Eliane Brum ganhou um Prêmio Açorianos na categoria Melhor Livro do Ano. Conhecida por publicar livros-reportagem, a autora é dona de obras e perfis que imergem o leitor em realidades angustiantes.
Seguindo a mesma linha, “A Menina Quebrada” reúne 64 textos escritos entre 2009 a 2013 pela escritora. No decorrer das páginas, ela discorre, dando tom pessoal, sobre as singularidades da vida - colocando o leitor em modo de reflexão sobre diferentes assuntos.
- Clarice Lispector - "A Hora da Estrela"
Lançado em 1977, o livro é um romance que conta a história da datilógrafa Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada pelo escritor fictício Rodrigo S. M. Durante as desventuras da personagem, a autora expõe o íntimo da mulher, trazendo questões filosóficas e existenciais à tona. Adaptado para o cinema, o livro é um dos maiores sucessos da escritora.
Originalmente nascida na Ucrânia, Clarice dizia não ter nenhuma ligação com o País: “Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo”.
- Elena Ferrante - "A Amiga Genial"
Lançado em 2011, “A Amiga Genial” é uma das obras mais famosas da italiana Elena Ferrante. Formada por quatro romances, o livro conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. Envolvendo temas como maternidade, casamento, relações entre homens e mulheres, a obra têm um rodízio de narradores e é aclamada pelo público e pelo crítica. O sucesso é tanto que o livro está sendo adaptado para a TV pela HBO .
- Maria José Dupré - "Éramos Seis"
Legitimamente brasileira, Maria José Dupré lançou “Éramos Seis”, sua obra mais célebre, em 1943. O livro conta a história de Dona Lola, uma bondosa mulher que faz de tudo pela felicidade de sua família. A obra cobre cerca de duas décadas, iniciando na década de 1920, no período final da República Velha, e terminando em 1942, durante a II Guerra Mundial, no final do Estado Novo. À época, a escritora ganhou um Prêmio Jabuti e um Raul Pompéia da Academia Brasileira de Letras.
- Harper Lee - "O Sol é Para Todos"
Lançado em 1960, “O Sol é Para Todos” é considerado uma das obras mais memoráveis da escritora Harper Lee, tendo ganhando um Prêmio Pulitzer no seu ano de publicação. O livro vendeu mais de 30 milhões de exemplares e rendeu a Medalha Presidencial a Harper por todas as suas contribuições à literatura. Em 1963, a obra ganhou adaptação para o cinema, se tornando também um clássico da sétima arte.
- Menção honrosa: Simone de Beauvoir - "O Segundo Sexo"
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Lançado em 1949, “O Segundo Sexo” fecha a lista que começou com " Harry Potter ". O sucesso foi tanto que a obra tornou-se um dos livros mais importantes para o movimento feminista. No livro, Simone de Beauvoir faz uma análise detalhada da opressão das mulheres na sociedade e as situações as quais são condicionadas, mesmo não querendo. A autora também discorre sobre as esferas sexuais, comportamentais, psicológicas e políticas.