Aos 31 anos, Ellen Page deixou de ter seu nome ligado somente aos títulos internacionais do cinema e passou a ser um dos grandes ícones das causas LGBTQ. No entanto, apesar de representar e agradar a minoria, este novo fator está garantindo a ela a alcunha de polemista.
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Ellen Page veste carapuça de problemista desde que se assumiu lésbica
Desde que se assumiu lésbica, em 2014, após afirmar que sua personagem homossexual no filme "Amor por Direito" a inspirou a sair do armário, Ellen Page passou a se envolver com as questões da comunidade gay e está cada vez mais causando na mídia e nas redes sociais.
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Perdeu a noção
Quase um ano depois que assumiu sua homossexualidade, Page perdeu a noção e usou o Twitter para criticar ninguém menos do que Rainha Elizabeth. Isso mesmo! A atriz se irritou depois que a dona da coroa britânica homenageou Maurice Mill, político da Islândia do Norte que fez declarações polêmicas culpando os homossexuais pelo contágio de AIDS na África.
Na ocasião a canadense reclamou e xingou a realeza. "A Rainha honrou um político que disse que o furacão Katrina e a AIDS são culpa da sociedade LGBT' Fod*-se isso", escreveu ela na rede social.
Sobrou para Trump
Ellen Page
No começo de fevereiro, em entrevista ao programa “Late Show with Stephen Colbert”, a atriz culpou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu vice, Mike Pence, pelo recente espancamento do ator Jussie Smollett, em Chicago.
Você viu?
“Eu estou brava, mas é impossível não se sentir assim com o presidente e o vice-presidente, que queria que eu não pudesse me casar. O vice-presidente dos Estados Unidos queria que eu não tivesse o amor da minha esposa. Ele queria banir isso em Indiana. Ele acredita na terapia de conversão. Ele machucou muito a comunidade LGBTQ quando era governador de Indiana. Acho que o que a gente deve fazer agora é ligar os pontos entre isso e o que aconteceu com o Justin”, declarou ela na ocasião.
Ellen Page x Chris Pratt
Recentemente Chris Pratt deu uma entrevista para o The Late Show e a equipe do programa declarou: "Chris conversou sobre o seu lado espiritual no novo episódio". Após a declaração, Ellen se indignou e resolveu causar no Twitter.
Em resposta ao programa, ela indagou: "Ah, ok. Mas a igreja dele é famosa por ser contra os LGBTQ. Então que tal falar sobre isso também?". Não satisfeita, ela complementou sua indignação: "Se você é um ator famoso e você pertence a uma organização que odeia um certo grupo de pessoas, não se surpreenda se as pessoas te questionarem sobre isso. Ser contra a comunidade LGBTQ é errado, não há dois lados. O dano que isso causa é severo e sem misericórdia".
O caso rendeu e Pratt caprichou no textão para responder a atriz e garantiu: "nenhuma igreja define minha vida".
Reflexo na carreira
O currículo extenso de Page declinou desde que ela se assumiu. Com o passar do tempo após a saída do armário, o número de trabalhos da artista foi diminuindo, talvez por opção própria para se dedicar ao ativismo. Em 2018, por exemplo, não esteve em nenhum novo título, se dedicou apenas às gravações e divulgação de "The Umbrella Academy", série que entra no catálogo da Netflix nesta sexta-feira (15).
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Embora a militância de Ellen Page seja uma movimentação necessária, a opção pela polêmica e o enfrentamento como plataformas talvez não seja a melhor das estratégias. Tanto do ponto de vista da carreira da estrela, como dos efeitos práticos possíveis de sua agenda.