Segundo novo estudo da empresa de estatísticas Ampere Analysis, repercutido pelo veículo americano The Hollywood Reporter , 2019 irá marcar mais uma batalha na guerra entre entre os cinemas convencionais e o mercado de streaming. De acordo com a previsão, os serviços oferecidos pelas plataformas , como Netflix e Amazon, vão bater em nível mundial o lucro das bilheterias de cinema - com essas duas empresas podendo embolsar US$ 46 bilhões.
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Enquanto os servições de streaming estão cada vez mais em alta, os cinemas tradicionais devem gerar pouco menos de US$ 40 bilhões no mesmo período. Segundo a Ampere, nos Estados Unidos, o lucro das plataformas já havia superado as bilheterias convencionais em 2017 e tudo indica que isso deverá acontecer com o Reino Unidos e a China - e outros lugares do mundo.
O estudo aponta que um dos motivos para essa mudança é devido o aumento do preço dos ingressos dos cinemas em alguns países, que chegam a ser mais caro que um mês de assinatura da plataforma.
No Japão o ingresso do cinema custa, em média, mais que o dobro da assinatura de um site como a Netflix ou o Hulu.
No entanto, segundo a pesquisa, por exemplo, no México, o ingresso fica abaixo dos US$ 2,50 (ou R$ 9,70),e as pessoas que responderam à pesquisa disseram ir ao cinema ao menos 3 vezes ao ano. Enquanto isso, na região escandinava da Europa, o ingresso pode chegar a US$ 13 (mais de R$ 50) e a média fica abaixo de 1 visita ao cinema por ano.
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Netflix x cinema
No entanto, mesmo com esse crescimento, a Netflix não está fazendo com que as pessoas deixem de frequentar as salas de cinema. De acordo com uma pesquisa do Centro de Estudos Quantitativos em Economia e Finanças da EY, encomendada pela Associação Nacional de Proprietários de Cinema e divulgada pela revista americana Variety , onde 2.500 pessoas foram ouvidas em novembro e 80% viram pelo menos um filme nos cinemas no último ano.
O estudo aponta que quem foi ao cinema nove ou mais vezes nos últimos 12 meses consumiu mais conteúdo de plataformas do que quem foi uma ou duas vezes no último ano, indicando que os serviços on demand não interferem no hábito do público sair de casa para ver um filme
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Os que viram nove ou mais filmes nos cinemas tiveram em média 11 horas online consumindo os serviços de streaming semanal. No entanto, quase metade das pessoas que disseram que não visitaram os cinemas também não conferiram nenhum conteúdo da plataforma, e apenas 18% dos que não foram ao cinema usaram os serviços por oito ou mais horas por semana.