Com 352 mesas e mais de 540 expositores, o Artist's Alley provou, mais uma vez, que é um espaço consolidado para que os artistas independentes possam expor seu trabalho ao grande público. Para os artistas - que, muitas vezes, ainda estão começando -, é a oportunidade de mostrar seu trabalho ao grande público e à mídia. Para os visitantes, é a oportunidade de conhecer trabalhos que mais se aproximem de seu cotidiano, possibilitando a identificação com os personagens de maneira mais natural.
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Pedro Hutsch Balboni, da Joãos e Joanas, é um desses artistas que está na CCXP 2018 . Participando do evento desde 2014, Balboni avalia que, ao longo dos anos, o espaço aumentou - e o público também. "Eu vejo que há um crescimento, e a gente percebe isso quando fica mais difícil ser aprovado para conseguir uma mesa aqui. A 'peneira' que eles fazem fica mais exigente porque a concorrência aumenta, tem mais gente querendo vir expor aqui."
Outro ponto observado pelos artistas é a profissionalização que vem acontecendo ao longo dos anos. Márcio Gotland, da Nautilus HQ , também participa desde o primeiro ano do evento no país, e relata que não é incomum encontrar artistas que tenham um público cativo - como ele próprio. Além disso, ele enxerga a CCXP como a porta de entrada para quem quer crescer na área.
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O sucesso é tanto que algumas editoras já começam a ficar conhecidas entre os fãs. É o caso da Editora Draco. Raphael Fernandes, um dos artistas que representa a editora na feira, aponta que a qualidade é um item que vem se destacando muito ao longo dos anos, além da profissionalização e do crescente interesse do público pelo espaço. "Esse espaço mostra que o quadrinho brasileiro é mais que Mauricio de Sousa e Laerte. Que o nosso sonhos é real, que dá para a gente fazer o que gosta. Esse ano, o Artist's Alley está sendo a coroação da percepção de que o brasileiro faz quadrinhos e eles também são muito interessantes e originais."
O crescimento que o Artist's Alley apresentou nos últimos anos foi tão grande que atingiu a marca de maior espaço do gênero das Américas. Mas nem só de quadrinhos vivem os artistas. Há muito mais o que ver: ilustrações, sketchbooks, prints, pins e até mesmo artesanato. Quem trouxe esse tipo de material foi Aureliano Medeiros, da marca Oi, Aure.
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Em seu estande, os visitantes podem encontrar de ilustrações e tirinhas a bottons - que fizeram um longo caminho até a CCXP 2018 . Isso porque o artista é do Rio Grande do Norte, mas tem o maior número de fãs em São Paulo, e sente a necessidade de se encontrar com eles pelo menos uma vez ao ano. "Esse é o meu segundo ano aqui, e em questão de público, eu sinto que está melhor. Acho que é porque eu estou mais preparado, eu trouxe mais coisas. Mas há mais público, fomos mais bem recebidos", finaliza.