O tom foi de deslumbramento e ativismo no primeiro painel no Auditório Cinemark no segundo dia da CCXP 2018. O evento do Globoplay teve como destaque a produção “ Aruanas ”, que estreia em 2019 exclusivamente na plataforma de streaming da Globo.
Além das quatro protagonistas, Camila Pitanga, Leandra Leal, Débora Falabella e Taís Araújo, o painel contou com o diretor da produção, Carlos Manga Jr, que saudou o público da CCXP 2018 diversas vezes com o emblemático “que a força esteja com vocês”. Com o subtítulo de “O Ativismo Feminino na Luta pelo Meio Ambiente”, a apresentação se notabilizou pelo improviso e pelo orgulho da equipe da série.
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Os autores Marcos Nisti e Estela Renner foram os primeiros a subir no palco. Em seguida eles chamaram Manga e as atrizes. Leandra Leal, que já tinha vindo à Comic Con em 2016 para a promoção dos filmes “O Rastro” e “Bingo – O Rei das Manhãs” era mais empolgada. “Eu quero dar um role e sentar no trono de ferro”, brincou fazendo referência a fama de fanática por “Game of Thrones”, que tem um estande próximo ao auditório Cinemark.
Débora Falabella, que acidentalmente estava vestida de princesa Leia, se disse nervosa com sua primeira participação na feira e disse que “não estava acostumada com públicos assim no teatro”. Camila Pitanga, que faz a vilã na série, disse que está maravilhada com tudo o que estava vendo e que no próximo ano traria sua filha. “Antônia queria vir, mas ela tinha aula hoje”, disse provocando gargalhadas no público.
Antes de dar spoiler sobre a série e ser repreendida por Estela Renner – embora em tom leve e brincalhão – Taís Araújo disse que “ a gente não pode continuar acompanhando o que acontece com a Amazônia pelo ‘Globo Repórter’”. Camila Pitanga completou: “Essa série é um entretenimento forte, mas também traz uma mensagem de urgência”.
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Segunda temporada confirmada na CCXP 2018
As atrizes fizeram questão de valorizar o fato de “Aruanas” ser uma série que valoriza a mulher, seus dilemas e conflitos e o faz destacando a importância do ativismo. “O Brasil é o país que mais mata ativistas no mundo”, relatou Leandra Leal. “E nessa série temos mulheres que são ativistas. Elas estão submetidas a um risco dobrado. É muito por conta disso que estou muito feliz com esse projeto”.
Taís fez coro. “Eu recebi esse roteiro em fevereiro e março e fiquei impressionada com a qualidade. O que é dramaturgia sem conflitos?”, questionou ao apontar que sua advogada, que integra a ONG que dá nome a série, tem um caso extraconjugal com o personagem da jornalista vivida por Falabella.
Camila Pitanga ao celebrar o lado “Tomb Raider” da personagem de Leal entregou que a segunda temporada já está confirmada. Enquanto os autores e o diretor se entreolhavam lá sem muita convicção, Leal interveio: “Não tem não. Porque eu gosto de mistério”, bradou em tom de galhofa. “Depende de vocês aí”, entrou na brincadeira Manga Jr.
Um trailer exclusivo feito para a Comic Com foi exibido e foi possível ver que a série investe na ação e no drama, mas também tem ares de thriller – como bem observou Taís Araújo pouco depois.
Há, claro, certo apelo político na produção e Camila Pitanga sublinhou esse aspecto com elegância. “A série desmistifica essa coia do heróis. Temos aí um grupo de mulheres com seus problemas e limitações que se juntam para tentar fazer a diferença”.
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Leandra Leal vestiu a camisa. Ao fim do painel, ela pediu para tirar uma selfie com o público que lotava o auditório Cinemark e bradou: “Ninguém solta a mão de ninguém”. As aruanas deixaram uma ótima impressão na CCXP 2018.