O tom que Jimmy Kimmel usou para seu discurso de abertura do Oscar 2018 foi ameno. Ele citou Harvey Weinstein e sua expulsão da Academia, fez piada com Trump e como ele gostou da primeira parte de “Corra!”, e destacou a diferença de salário entre Mark Wahlberg e Michelle Williams para as cenas regravadas de “Todo Dinheiro do Mundo”. Mas, principalmente, Kimmel lembrou a diversidade dos indicados dessa edição e passou a mão na cabeça da Academia.
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Em meio a muitas reclamações ano após ano, em relação a pouca diversidade dos indicados, que cresceu com o “ Oscars So White ”, a edição 2018 mostra alguns avanços, como uma mulher entre os indicados e Melhor Diretor. E Kimmel fez questão, justamente, de pontuar essas minorias. Além de citar Gerwig, ele aponto para o fato de que Jordan Peele, quinto diretor negro indicado na história do Oscar , é o terceiro homem (e primeiro negro) a ser indicado por roteiro, direção e filme pelo primeiro filme.
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Ainda assim, o tom geral foi de que a indústria finalmente está prestando atenção as acusações de assédio. “Esse é o ano em que os homens erraram tanto que as mulheres foram namorar peixes”, brincou em referência “A Forma da Água”. O apresentador incentivou os vencedores a fazerem discursos políticos (contanto que não sejam longos) e falou que é preciso acabar com o assédio em Holywood. Ainda em tom de brincadeira, ele elogiou o Oscar (a estátua), por ser o exemplo ideal de homem: mantém as mãos onde se pode ver e, mais importante, não tem um pênis.
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Remediando
Sempre escolhendo alguns nomes para destacar no começo, ele brincou com a pouca idade de Timothée Chalamet, mais jovem ator a ser indicado na categoria, e de Christopher Plummer, que substituiu Kevin Space em “Too Dinheiro do Mundo”, justamente por acusações de assédio. Mesmo com os comentários sobre assédio, Jimmy Kimmel preferiu abrir o Oscar 2018 tentando reparar os erros do passado da Academia.