Da esquerda para a direita: Sally Hawkins, Frances McDormand, Margot Robbie, Saoirse Ronan e Meryl Streep
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Da esquerda para a direita: Sally Hawkins, Frances McDormand, Margot Robbie, Saoirse Ronan e Meryl Streep

Muito provavelmente quando for anunciado o nome da vencedora de melhor atriz na 90ª edição do Oscar, que será realizada em Los Angeles, nos EUA, no próximo domingo (4), Frances McDormand terá razões para comemorar. A atriz de 60 anos e casada com o cineasta Joel Coen venceu a maioria dos prêmios que antecedem aquele que é considerado o maior do cinema e referência suprema para a humanidade.

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Frances McDormand: favoritismo absoluto

Sua atuação em “Três Anúncios para um Crime” é maior que a vida. Cheia de camadas, energia e senhora de uma sutileza que contrasta com a rudeza de sua personagem, Mildred, uma mulher que se levanta contra a polícia de uma cidadezinha do Missouri para cobrar resultados na investigação que apura o brutal assassinato de sua filha. McDormand já concorreu ao Oscar outras quatro vezes, tendo vencido em 1997 como melhor atriz por “Fargo”.

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Se confirmar o favoritismo, será a vencedora mais velha a triunfar desde 2012, quando Meryl Streep conquistou sua terceira estatueta pelo filme “A Dama de Ferro”. Curiosamente, McDormand enfrenta a própria Meryl Streep, 68 anos, que na vigente década acelerou e ampliou seu recorde de pessoa com mais indicações em categorias de atuação. São 21 ao todo e cinco nesta década, já contando a nomeação por “The Post – Guerra Secreta”, que marca sua primeira colaboração com Steven Spielberg. No filme, Streep dá vida a uma personagem real e serve de espelho para o espírito de nosso tempo em que uma agenda feminista parece cada vez mais substanciosa.

As chances de Streep, no entanto, são remotíssimas. Além de sua indicação, “The Post” só amealhou outra; para melhor filme. A presença do filme no Oscar parece se dar pelo peso e importância tanto da obra em si como de sua atriz. Correndo por fora está a Saoirse Ronan . Ela não é Meryl Streep, mas deve chegar lá sem grande esforço. Aos 23 anos ela já ostenta sua terceira indicação ao prêmio. Em “Lady Bird”, Ronan cativa com leveza e assertividade ao encarnar dramas e conflitos de uma adolescente de 17 anos. É uma atuação tão delicada e inteira que seria favorita se não esbarrasse na força da natureza que é McDormand.

Ronan, no entanto, tem um perfil muito próximo do de Streep na prospecção de papeis. Costuma interpretar mulheres fortes e estar sempre bem em cena. É uma atriz com potencial de receber muitas indicações no futuro. 

Quem pode seguir pelo mesmo caminho é a australiana Margot Robbie . Aos 28 anos, a protagonista de “Eu, Tonya” conquista sua primeira e muito merecida indicação a melhor atriz e por um filme que ela mesmo produziu. Não é pouca coisa. Robbie já esteve em dois indicados ao Oscar de melhor filme recentemente. “O Lobo de Wall Street” (2013) e “A Grande Aposta” (2015). Seu faro de produtora aliada ao misto de fúria e graciosidade como atriz deve lhe garantir muitos bons papeis no futuro. Essa sua primeira indicação, a única na categoria indicada pela primeira vez, vem com aquele indefectível gosto de vitória.

Fecha a disputa a encantadora Sally Hawkins (“A Forma da Água”), que talvez defenda o papel mais difícil entre as indicadas, já que é uma atuação desprovida de falas. A atriz de 37 anos já concorreu em 2015 como coadjuvante por “Blue Jasmine”.

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O Oscar 2018, a bem da verdade, apresenta a disputa mais equilibrada na categoria desde 2011 – que teve Natalie Portman (“Cisne Negro”), Jennifer Lawrence (“Inverno da Alma”), Annette Bening (“Minhas Mães e Meu Pai”), Michelle Williams (“Namorados para Sempre”) e Nicole Kidman (“Reencontrando a Felicidade”). Tanto lá como cá, o prêmio ficaria bem com qualquer uma das indicadas, mas deve mesmo ser McDormand a, em 2018, fazer as vezes de Natalie Portman em 2011.

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