Se hoje o sertanejo universitário impera soberano nas paradas do País, na década de 1990 o posto de majestade era do samba e não havia quem não cantarolasse as melodias românticas do grupo paulista Raça Negra. Com mais de três décadas de sucessos, shows, encontros e memórias na bagagem, o grupo se prepara para iniciar mais uma fase de sua carreira. “Em momento algum nós paramos”, diz Luiz Carlos, vocalista e líder da banda que em breve vai presentear seus fãs com a segunda parte do projeto “Raça Negra e Amigos”.

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Com muita história para contar, Raça Negra se prepara para lançar DVD inédito de parcerias especiais ainda em 2017
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Com muita história para contar, Raça Negra se prepara para lançar DVD inédito de parcerias especiais ainda em 2017

Novos tempos

Engana-se quem pensa que o samba morreu: a verdade é que, mesmo que outros gêneros tenham ganhado os holofotes, um ritmo tão brasileiro quanto esse jamais saiu do repertório do público que, até hoje, sabe de cor a letra de “Cheia de Manias”. Se no passado suas vendas passaram de 30 milhões de cópias, hoje o grupo tem mais de 250 mil seguidores nas plataformas de streaming e ultrapassa a marca de 5 milhões de curtidas nas redes sociais – e com uma base de fãs bem diferente da que tinham quando começaram, em 1983. Surpreso com a onda de popularidade entre o público mais novo que não viveu no auge do grupo, Luiz Carlos comenta cheio de orgulho sobre sua música ter conquistado o público que não viveu lá atrás quando o samba era a regra. “É muito bom ver que os jovens estão fazendo com a gente o que aconteceu 33 anos atrás”, diz o líder do Raça Negra .

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Hoje não só o grupo alcança os jovens, mas, também, fisgou o público de vários gêneros musicais e virou objeto de culto para as novas gerações de fãs que despontam na internet e é o gosto pelas músicas do Raça Negra que os unem. “[Os fãs] as vezes se identificam com algo que não ouvem nem a pau”, brinca Luiz Carlos sobre o sucesso entre pessoas com os gostos mais variados – até quem os roqueiros se rendem e admitem o gosto pelo som único do samba brasileiro. Otimista, o vocalista acredita até mesmo que o ritmo pode brilhar novamente assim como foi na década de 90, quando o grupo estourou e tocava nos quatro cantos do Brasil. “O lance é não desistir”, reforça.

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Com mais de três décadas na estrada, Raça Negra conquista todos os dias novos fãs com seu samba melódico
Reprodução/Facebook
Com mais de três décadas na estrada, Raça Negra conquista todos os dias novos fãs com seu samba melódico

O que esperar quando as diferentes faces da música brasileira se reúnem em um projeto especial? “É importante se unir aos ritmos”, diz Luiz Carlos que, agora, está trabalhando no DVD “Raça Negra e Amigos II” com a participação de convidados dos mais variados estilos – e que convidados são esses: Bruno e Marrona, Zezé di Camargo e Luciano, Wesley Safadão e Thiaguinho, companheiro de longa data do grupo, são alguns dos nomes que vão cair no samba com o grupo que caminha para o seu 35º aniversário no próximo ano. “Para o sucesso não existe segredo [...] mas ter sempre admiração pelo público e ter ansiedade antes de cada show como se fosse o primeiro”, finaliza Luiz Carlos prestes a embarcar nessa nova fase do grupo.

*Com reportagem de Caio Menezes

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