Apesar de os filmes
de terror
serem um universo que movimenta grande quantias de dinheiro dentro do mundo cinematográfico, alguns filmes exageram tanto em suas cenas de violência que acabam sendo proibidos em muitos lugares do mundo. E não é para menos, cenas de estupro
, empalamento
, mutilações
, galões e mais galões de sangue
cenográfico, são elementos destinados a chocar o espectador.
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Confira a lista de filmes proibidos por uso extremo de violência :
"A Serbian Film" (2012)
"A Serbian Film", um longa sérvio, é um dos mais polêmicos de todos os tempos. Dirigido e produzido por Srdjan Spasojevic, o longa conta a história de Milos, um ator pornô afastado do mundo de filmes eróticos que está passando por uma crise financeira. Eis que ele recebe a proposta de fazer seu último filme adulto.
Contudo, ele é drogado pela produção para ter uma ereção muito longa. As substâncias também alteram sua percepção da realidade. É então que a sequência de cenas repugnantes começa. "A Serbian Film" conta com cenas de estupro de recém-nascidos até penetração anal acompanhada de golpes de facão. Essas cenas fizeram com que o filme fosse proibido em diversos países do mundo, incluindo o Brasil.
"A Centopeia Humana 2" (2011)
"Centopeia Humana 2" é a sequência mais pesada do primeiro filme da série. Enquanto "Centopeia Humana" tentava apenas provocar seus telespectadores com o conceito da criatura, o volume dois traz cenas de violência explícita e eleva os níveis de atrocidades, com uma infinidade de cenas desnecessárias.
Na franquia de Tom Six, pessoas são sequestradas, dopadas e, quando acordam, descobrem que tiveram seus tendões dos joelhos arrancados, sua boca costurada ao ânus de outra pessoa e a boca de mais uma pessoa costurada ao seu ânus, em um total de 12 pessoas nessa situação. O objetivo disso é criar um tubo digestivo único. Além disso, há outras atrocidades sendo cometidas como abortos, dilaceração e assassinatos a sangue frio. O filme teve sua exibição proibida em diversos países ao redor do mundo.
"O Albergue" (2005)
Dirigido por Eli Roth, "O Albergue" conta a história de dois universitários que fazem uma viagem pela Europa, acompanhados pelo islândes Oli. Em sua jornada, encontram um outro jovem, que lhes sugerem que visitem outro local, com a promessa de que encontrariam diversas garotas bonitas, em uma pequena estalagem na Eslovâquia, fora dos tradicionais circuitos turísticos.
Quando chegam ao local, deparam-se com duas garotas de beleza exuberante. Mas, por trás disso, a estalagem esconde uma trama macabra de torturas e assassinatos. Dentre eles, pessoas ricas do mundo inteiro pagam fortunas para torturar e assassinar turistas da forma como acharem mais divertida, sem ter que arcar com as consequências. O filme acabou banido por conter cenas de violência excessiva. Para se ter uma ideia do quanto este filme consegue ser brutal, ao todo, mais de 150 galões de sangue cenográfico utilizados durante as filmagens.
"Mikey" (1992)
Filmes de terror envolvendo crianças são sempre perturbadores. "Mikey" retrata a vida de um garoto de apenas nove anos, e que é responsável pela morte de seus pais adotivos e de alguns amigos. Como o pequeno toma todo o cuidado para que as mortes se assemelhem a acidentes, o jovem é transferido de família em família, deixando um rastro de sangue e morte por onde passa.
O enredo do longa ainda mostra como Mikey se esforça para não levantar suspeitas em relação a autoria dos assassinatos, o que também faz com que ele mate todos aqueles suspeitam de seu envolvimento com as mortes. Assim que foi lançado, o filme foi proibido em diversos países, e o Reino Unido mantém a proibição até os dias atuais, por conta de suas cenas de violência consideradas explícitas demais.
"Nekromantik" (1987)
"Nekromantik" fez até com que seu diretor fosse processado por conta da produção do longa. Envolvendo temas como necrofilia, automutilações e crueldade com animais, o filme conta a história de Robert Schmadtke, um funcionário de uma empresa de limpeza de cadáveres, que decide levar um deles para casa a fim de fazer um ménage à trois necrófilo com sua esposa.
Contudo, o enredo se complica quando a esposa do personagem principal se apaixona pelo cadáver e passa a viver com o casal. O filme não foi exibido em lugar nenhum e ficou esquecido por um longo tempo, até ser lançado em DVD e relembrado pelos fãs do gênero - se é que existe algum.
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"Holocausto Canibal" (1980)
De origem italiana, "Holocausto Canibal" foi filmado na Amazônia e dirigido por Ruggero Deodato. O longa, em formato de documentário, conta a história de um famoso professor universitário e antropólogo norte-americano que vai até a floresta amazônica brasileira atrás de quatro documentaristas que se embrenharam na mata e nunca mais voltaram.
Chegando lá, ele encontra uma filmagem recuperada de uma tribo que costuma matar e devorar seus prisioneiros, além de fazer coisas inconcebíveis, como empalar suas vítimas. Os atores chegaram a interagir com tribos indígenas reais, e foi acusado de contribuir para a criação e manutenção de uma imagem ruim dos povos indígenas.
A lista de países que proibiram o longa é enorme. Entre eles, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Noruega, África do Sul, Finlândia e Marrocos. Dentre as muitas razões para a proibição de sua exibição, estão as cenas de tortura, canibalismo, estupro e ainda porque o diretor ordenou que animais fossem mortos para a produção da obra. Após sua divulgação, o diretor chegou a ser preso por crime de obscenidade e o longa foi confiscado pelas autoridades italianas.
"A Morte do Demônio" (1981)
"A Morte do Demônio" se foca na história de cinco estudantes que decidem acampar em uma cabana isolada no meio da mata. Lá, eles encontram uma fita cassete que, ao ser reproduzida, libera uma legião de demônios e espíritos do mal, que começam a possuir os integrantes do grupo, transformando tudo em um caos sangrento.
Isso porque a fita contida no gravador era a tradução do Livro dos Mortos, escrito com sangue em pele humana, que também estava local. Seu dono era um arqueólogo, que morreu ao tentar traduzir o livro. Com elementos do cine gore, o filme levou as cenas sangrentas a um outro patamar, e acabou proibido em vários países, como Finlândia, Islândia, Irlanda e Alemanha.
"120 Dias de Sodoma" (1975)
Baseado no conto do Marquês de Sade, "120 Dias de Sodoma" ficou conhecido como um dos filmes mais perturbadores do cinema. Com cenas explícitas e chocantes de assassinatos, estupros e torturas, além da representação gráfica do chamado Círculo dos Horrores.
No Círculo das Manias, os fascistas têm liberdade para realizar seus fetiches sexuais bizarros; já no Círculo das Fezes, adolescentes são obrigados a literalmente ingerir excrementos humanos; e há ainda o Círculo do Sangue, onde várias pessoas são aprisionadas, torturadas, mutiladas de diversas formas e agonizam até a morte. Curiosamente, o filme acaba sendo uma versão mais leve do que aquela escrita pelo Marquês de Sade. Mas isso não impediu que o filme acabasse tendo sua exibição proibida em países.
"Laranja Mecânica" (1971)
"Laranja Mecânica" é um filme que causa polêmica até os dias atuais. Esse trabalho de Stanley Kubrick foi acusado de glorificar a violência gratuita e incentivar o surgimento de diversas gangues ao redor do mundo. Passado em um futuro distópico, o longa conta a história de Alex (Malcolm McDowell), um jovem líder de uma gangue que mata, estupra e rouba, a partir do momento em que ele cai nas mãos da polícia.
Preso, o jovem recebe um convite para participar de um programa que irá reduzir sua pena. O que acontece é que o programa em questão trata-se de uma sessão de experimentos de diversos procedimentos que visam extinguir os impulsos destrutivos do ser humano, mas faz com que ele se torne impotente diante de toda a violência o que cerca. As cenas são recheadas de torturas físicas e crueldade. Após seu lançamento, o longa causou furor e, dois anos depois, seu diretor decidiu impedir que a obra continuasse em circulação. O filme foi proibido em países como Irlanda, Malásia, Cingapura, Coreia do Sul e Brasil.
"Um Cão Andaluz" (1929)
"Um Cão Andaluz" trata-se de uma obra sem precedentes, sendo o primeiro exemplar das obras surrealistas, e ficou famoso por uma cena em que um olho de uma mulher é cortado ao meio. Com uma trama não cronológica e direção de Salvador Dalí, a trama utiliza-se da lógica dos sonhos e traz vários significados ocultos.
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Apesar de ser um curta, ele é recheado de cenas de tortura e mutilação de seres humanos, além de uma reunião de imagens oníricas, encadeadas na obra como se fossem parte de um pesadelo repleto de cenas metafóricas, baseadas na psicanálise de Freud. Apesar de ser um curta-metragem com apenas 14 minutos de exibição, o filme choca até os dias atuais por suas cenas explícitas de violência e foi censurado em muitos países da Europa.