Você está preparado para participar de um debate franco e livre sobre pornografia? Porque esta é parcialmente a proposta da série Sexografia que começa a ser publicada nesta segunda-feira (3) e que ocupa o calendário de abril do iG Gente . A ideia é promover um amplo debate sobre a maneira que nos relacionamos com o sexo, mas em um contexto essencialmente cultural.
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Um exemplo? Qual a diferença entre a nudez comercial e a nudez artística? E por que a tal da nudez, que parece cada vez mais rotineira, ainda preserva tanto potencial de choque? Fomos saber de fotógrafos, sexólogos e editores de revistas que exploram a nudez o que eles pensam a respeito. A ideia é discutir o sexo , sim, mas de uma maneira construtiva e reflexiva.
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Já parou para pensar como muitas transformações sociais no tangente ao sexo estão a reboque da arte? Um bom exemplo é a questão do transgênero, tema que será repercutido na próxima novela das 21h , mas que a arte, inquietante como só ela, já abordou no cinema, na literatura, em performances, etc. A arte devassa aquilo que reprimimos enquanto sociedade, mas também enquanto indivíduo, para provocar um debate para o qual muitas vezes estamos despreparados. Essa série chega para balizar esse debate. Para instrumentalizar a curiosidade de quem, além de praticar, gosta de falar e ler sobre sexo. Sem preconceitos.
Pornografando
A pornografia é um tabu. Podemos concordar quanto a isso. Mas em 2017 deveria ser um tabu? Uma das contribuições que Sexografia almeja prestar é responder essa pergunta com mais propriedade, permitindo ao leitor despir-se de velhos clichês. Você é a favor ou contra a proibição da pornografia na internet? A pergunta é legítima porque tramita no Congresso um projeto de lei para regular o acesso à pornografia online.
Mas e se pornografia for arte? Essa é uma ideia realmente tão ofensiva e inconcebível assim? O que o polêmico cineasta dinamarquês Lars Von Trier, bastante gráfico em filmes como “Os Idiotas” (1998), “AntiCristo” (2009) e no díptico “Ninfomaníaca” (2013) diria? A sueca Erika Lust não ostenta a fama do dinamarquês, muito menos o prestígio, mas se empenhou em mostrar que o pornô pode ser feminista sim. Duvida? Nossa série tem uma matéria para desarmar eventuais céticos.
O brasileiro consome muito pornô e o nosso país é tido como um dos grandes polos dessa indústria que muita gente anda dizendo que está em crise, mas sabia que não está? É mais um lugar-comum que relativizamos em uma matéria que vai ao ar no dia 10/04. Não se preocupe! Nossas redes sociais vão levar nosso conteúdo até você. Sistematicamente.
Certa vez vi uma pesquisa (somos inundados por elas nesses tempos digitais não é mesmo?), que dava conta de que homens pensam em sexo a cada 28 minutos e as mulheres a cada 51 minutos. Nada mais natural do que atender a esse interesse com questionamentos jornalisticamente válidos expressos em mais uma série de reportagens de fôlego, aqui uma espiada na nossa primeira do ano , que me orgulho de levar ao leitor.