Dia 26 de fevereiro, os olhos de Hollywood irão se virar para uma das premiações mais esperadas do cinema: o Oscar. Apesar de o evento ter clima de festa e homenagens a grandes nomes reconhecidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a celebração também é o palco de muitas polêmicas, como a recente envolvendo o diretor iraniano Asghar Farhadi. Depois do decreto de Donald Trump, que suspende a concessão de vistos a refugiados e pessoas de nacionalidades árabes, como do próprio Irã, a entrada do cineasta no país fica inviabilizada para a premiação .
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A decisão causou polêmica no mundo dos artistas, fazendo até mesmo com que uma das atrizes do filme, a protagonista Taraneh Alidoosti afirmou que não compareceria ao Oscar
em protesto. Entretanto, esta não é a primeira vez que as polêmicas roubam a cena da premiação. Outras edições também foram tomadas por protestos e intrigas que marcaram a história. Confira:
Oscar 1973
O papel de Vito Corleone em “O Poderoso Chefão” rendeu uma estatueta ao ator Marlon Brando. Entretanto, o ator recusou o prêmio e enviou uma mulher indígena para fazer um discurso em prol da inclusão de atores das comunidades tradicionais estadunidenses em papéis de destaque na TV e cinema do país. Mais tarde, foi descoberto que a mulher em questão era a atriz Sacheen Littlefeather e, por não poder falar mais que um minuto no palco, ela teve que apresentar o texto na íntegra de Brandon nos bastidores da premiação.
Oscar 1999
O cineasta Elia Kazan recebeu um prêmio honorário por sua carreira na edição do Oscar de 1999. Entretanto, muitos membros da academia não aplaudiram o artista por ter contribuído, anteriormente, com a delação de comunistas para a “Caça às Bruxas” que ocorria nos Estados Unidos durante o governo de Joseph Raymond McCarthy, na época da Guerra Fria.
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Oscar 1993
Neste ano, a atriz Marisa Tomei levou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação como Mona Lisa Vito em “Meu Primo Vinny”, causando muita controversa na Academia, já que o seu trabalho no filme, comparado com as outras concorrentes, deixava a desejar. A partir daí, começaram rumores de que Jack Palance , que anunciou a vitória da atriz, teria feito por engano, já que o ator não mostrou o nome inscrito no envelope com a vitoriosa da categoria.
Oscar 2003
Na edição de 2003 do Oscar, o diretor Roman Polanski foi indicado à categoria de Melhor Diretor pelo seu filme “O Pianista”. Entretanto, o cineasta não compareceu à premiação para receber o prêmio por ser considerado fugitivo do país devido a uma acusação de que ele havia violentado uma modelo de apenas 13 anos. O diretor chegou a confessar o crime e ser preso provisoriamente, mas depois fugiu para o exterior.
No mesmo ano, outra polêmica também invadiu a premiação. O documentarista Michael Moore levou a estatueta por Melhor Documentário de Longa-Metragem com o seu filme “Tiros em Columbine”. Durante o seu discurso, o cineasta utilizou o palco para criticar o governo de George W. Bush diante o seu posicionamento em relação à invasão do Iraque. Moore chegou a chamar a eleição do presidente de fictícia e que o país estaria entrando em guerra por motivos fictícios, sendo aplaudido e vaiado no palco. “Que vergonha, senhor Bush, vergonha do senhor”, declarou.
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Oscar 2016
As indicações ao Oscar 2016 geraram tumulto nas redes sociais, bombando a hashtag “#OscarsSoWhite” que criticava a falta de diversidade na escolha dos indicados pela Academia. Entretanto, a polêmica não ficou só no mundo virtual e o apresentador da edição, Chris Rock, utilizou a sua influência no palco para cutucar seus colegas de cinema. “Bem-vindos ao White Choice Awards”, saudou logo no início da cerimônia. “Hollywood é racista? Você pode ter a mais absoluta certeza que sim. Hollywood é a fraternidade do racismo. É tipo assim, ‘Nós gostamos de você Rhonda, mas você não é uma Kappa!”, comentou em outro momento.